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Mais um par: a cadeira do Moreirense é que mais vê "dançar" treinadores

Ricardo Sá Pinto é o terceiro treinador da época e o 14.º timoneiro dos cónegos em seis temporadas. Neste período, apenas Ivo Vieira, em 2018/2019, permaneceu ao leme do clube durante toda a época.

07 janeiro 2022 > 16:50

A edição 2021/2022 da Liga Portugal Bwin é a 12.ª temporada do Moreirense Futebol Clube entre a elite do futebol português. Desde 2002/2003, primeira época dos cónegos na primeira divisão, muito aconteceu: duas descidas de escalão e outras tantas subidas; a melhor classificação de sempre e uma Taça da Liga adicionada ao palmarés. Pelo meio, 17 treinadores passaram pelo banco de suplentes dos cónegos. Depois de João Henriques e Lito Vidigal, Ricardo Sá Pinto foi o terceiro nome eleito para orientar os destinos do clube na presente temporada e é o 18.º treinador dos axadrezados nas 12 temporadas a figurar no escalão máximo do futebol português.

Manuel Machado não só foi responsável pela primeira ascensão do Moreirense à primeira divisão como foi também o homem forte dos primeiros anos no seio dos maiores do futebol nacional. Entre 2002 e 2004, não houve dança na cadeira de treinador na freguesia que por esses dias despontava para a elite e o treinador vimaranense deixou os axadrezados à tona antes de partir para o Vitória SC. Em 2004/2005, a época começou com Vítor Oliveira ao leme, mas o rei das subidas, como era carinhosamente apelidado, não foi além dos seis triunfos em 29 jogos. Números que ditaram a sua saída para que, ao 30.º jogo da temporada, Jorge Jesus assumisse o comando, mas já sem conseguir evitar o inevitável: a descida. Na descoberta da primeira divisão, que durou três épocas, o Moreirense foi liderado por três treinadores.

Em 2012/2013, o Moreirense regressava ao campeonato que por essa altura se chamava Liga ZON Sagres. Jorge Casquilha, que tinha assumido o comando técnico do clube três épocas antes, ainda nos meandros das divisões inferiores, continuou a merecer a confiança do presidente Vítor Magalhães e liderou a equipa nos primeiros 23 jogos da época. Mas os resultados não foram suficientes: depois de ter somado apenas três triunfos – um para o campeonato, outro para a Taça de Portugal e outro para a Taça da Liga –, o torrejano não resistiu a uma derrota caseira por 0-5 frente ao Paços de Ferreira e deixou o clube no último lugar da tabela. Augusto Inácio foi chamado para salvar a época, mas não evitou o pior.

Bastou uma temporada nos escalões inferiores para o emblema vimaranense ascender novamente à elite e, desta feita, com estabilidade: Miguel Leal manteve-se firme no banco de suplentes dos cónegos entre 2014 e 2016. Foi a última vez que o Moreirense foi orientado pelo mesmo técnico em duas épocas consecutivas. Desde então, em Moreira de Cónegos, aperfeiçoaram-se os passos da dança na cadeira técnica e, nas últimas seis temporadas, 13 treinadores passaram pelo clube da freguesia de Moreira de Cónegos. Ricardo Sá Pinto é o 14.° nome apresentado desde o início da temporada 2016/2017. Vamos aos números.

Há duas épocas que se evidenciam no percurso dos cónegos no escalão principal do futebol português: 2016/2017 e 2018/2019. A primeira pela conquista da Taça da Liga e a segunda pela melhor classificação de sempre no campeonato. No que à gestão dos treinadores diz respeito, as épocas não podiam ser mais antagónicas. Em 2016/2017, o Moreirense bateu o recorde ao fazer sentar quatro treinadores diferentes no banco de suplentes: Pepa, Leandro Mendes, Augusto Inácio e Petit. Não aconteceu antes e não voltou a acontecer desde então. O atual treinador do Vitória SC começou a época; Leandro Mendes, o preparador físico, assumiu o confronto da jornada 11 no Estádio da Luz até à chegada de Augusto Inácio, o timoneiro que venceu a final da Taça da Liga; Petit foi responsável pela reta final da temporada. No extremo oposto, apenas um treinador orientou os axadrezados em 2018/2019. Ivo Vieira foi o autor de duas proezas: o 6.º lugar na Liga NOS; e orientar os axadrezados durante uma época completa, desde o primeiro ao último jogo. Foi a única vez que isso aconteceu nas últimas seis temporadas.

Dezassete treinadores, um só presidente

A história do Moreirense FC é indissociável do nome de Vítor Magalhães. O empresário de 70 anos assumiu a presidência do clube pela primeira vez em 1996 e manteve-se no cargo até 2003/2004, regressando em 2008/2009, depois de ter presidido os destinos do Vitória SC. Das 12 épocas do clube na primeira divisão, Vítor Magalhães era o presidente em 11 e tem sido testemunha – e parte ativa! – da roda-viva de treinadores que tem passado pelo clube da freguesia. Nas últimas seis temporadas, o presidente lidou com 14 treinadores diferentes: Pepa, Leandro Mendes (o preparador físico que orientou a equipa apenas numa jornada), Augusto Inácio, Petit (que somou duas passagens pelos cónegos em duas épocas consecutivas), Manuel Machado, Sérgio Vieira, Ivo Vieira, Vítor Campelos, Ricardo Soares, César Peixoto, Vasco Seabra, João Henriques, Lito Vidigal e, finalmente, Ricardo Sá Pinto. O presidente fica, os treinadores nem tanto.

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