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Lito Vidigal é o novo técnico do Moreirense, o clube que mais roda no banco

Treinador de 52 anos é o 13.º a orientar os cónegos desde a época 2016/17. Nenhuma das 18 formações da elite do futebol nacional apresenta tantos treinadores nos últimos cinco anos.

01 dezembro 2021 > 11:00

Lito Vidigal é o sucessor de João Henriques ao leme do Moreirense FC, tendo já orientado o primeiro treino nesta terça-feira, de forma a preparar a visita de sábado ao Tondela, apurou o Tempo de Jogo.

Ao assumir o emblema vimaranense na 16.ª posição ao cabo de 12 jornadas, com nove pontos, o angolano de 52 anos torna-se no segundo timoneiro dos cónegos em 2021/22 e no 13.º ao longo dos últimos cinco anos. Não há clube entre os 18 que competem na Liga Bwin com tantos treinadores desde a época 2016/17; os emblemas que mais se aproximam do registo verde e branco são o Vitória SC, o Estoril-Praia, o Boavista e o Marítimo, com 10 treinadores cada. Em sentido inverso, o FC Porto é a instituição com mais estabilidade no banco: Sérgio Conceição é o treinador desde 2017/18, após ter rendido Nuno Espírito Santo, o timoneiro de 2016/17.

Lito Vidigal dá sequência a um ciclo que arrancou com Pepa, agora no Vitória. O então técnico deixou o emblema axadrezado ao fim de 10 jornadas, desencadeando uma sequência de mudanças com Leandro Mendes, adjunto que cumpriu a primeira de duas experiências como interino, Augusto Inácio, que viria a liderar o Moreirense na conquista da Taça da Liga, e finalmente Petit, que alcançou a permanência na última jornada, com um triunfo caseiro sobre o FC Porto (3-1).

O treinador de 45 anos, cujo regresso ao Boavista foi oficializado nesta terça-feira, voltou a ser protagonista de novo 15.º lugar, e consequente manutenção, na temporada 2017/18, depois das passagens de Manuel Machado, que iniciou o campeonato, e de Sérgio Vieira.

A época 2018/19 foi a exceção deste período, com Ivo Vieira ao leme durante toda a época. Apesar da relação tensa com o presidente Vítor Magalhães, aventada pelo treinador madeirense em várias conferências de imprensa, essa equipa rubricou o melhor campeonato da história do Moreirense, alcançando o sexto lugar, com 52 pontos, os mesmos do quinto, Vitória.

Esse ano foi o ponto de partida para a estabilização cónega na primeira metade da tabela, como atestam os oitavos lugares das épocas 2019/20 e 2020/21. As performances desportivas contrastaram, porém, com a incessante rotação na liderança dos bancos de suplentes. Há dois anos, Vítor Campelos deu o lugar a Ricardo Soares, que elevou o Moreirense até à oitava posição.

O técnico felgueirense, agora no Gil Vicente, ainda iniciou a temporada 2020/21, mas deixou o clube ao fim da sexta jornada, cedendo o cargo a César Peixoto, que, por sua vez, saiu para dar o lugar a Vasco Seabra, principal obreiro de nova classificação afastada da linha de água. Ainda assim, o agora treinador do Marítimo não permaneceu. A escolha para o início da 12.ª temporada cónega na Primeira Liga foi João Henriques, timoneiro com Paços de Ferreira, Santa Clara e Vitória no currículo.

Em 12 jornadas, a equipa venceu apenas um jogo (Arouca) e empatou seis, perdendo com Benfica, Sporting de Braga, FC Porto, Sporting e Vitória. Pelo meio, eliminou a outra equipa de Guimarães da Taça de Portugal, apurando-se para os oitavos de final, eliminatória em que o Mafra, da Segunda Liga, será o adversário.

As contas dos últimos cinco anos são reveladoras: em média, cada treinador tem permanecido ao leme do Moreirense por 15 jornadas. Lito Vidigal é o homem que se segue; o clube de Moreira de Cónegos é o sétimo que orienta no escalão maior, depois de Belenenses, Arouca, onde conseguiu apuramento para a Liga Europa em 2015/16, Desportivo das Aves, Boavista, Vitória de Setúbal e Marítimo.

 

Clubes da Liga Bwin com mais treinadores (desde 2016/17)

Moreirense – 13

Vitória SC – 10

Marítimo – 10

Boavista – 10

Estoril-Praia – 10

Famalicão - 9

FC Porto – 2

 

15

O número de jornadas que, em média, um treinador permanece ao comando do Moreirense desde o início da época 2016/17. Ivo Vieira apresenta o registo mais acima da média, tendo orientado a equipa nas 34 jornadas de 2018/19. Já César Peixoto apresenta o registo mais baixo, tendo apenas liderado os vimaranenses por seis jornadas, em 2020/21.

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