Afinal a 34.ª e última jornada da Liga NOS vai ter a mesma envolvência de quase todos os jogos que a precederam na competição: equipas a jogarem perante bancadas vazias. Estava previsto que as portas abrissem em oito dos 18 estádios do campeonato, incluindo o do Moreirense, para a receção ao Famalicão, mas não o do Vitória, para a receção ao Benfica, devido ao castigo do caso Marega, mas a Liga reverteu a autorização do Governo para salvaguardar a equidade desportiva.

“A Direção da Liga Portugal considera não estarem reunidas as condições de segurança, de equidade e logísticas para a realização de testes-piloto com público na última jornada da Liga NOS”, lê-se no comunicado emitido nesta segunda-feira.

A entidade presidida por Pedro Proença justifica a decisão com o facto de apenas uma parte das equipas poder ter o público presente, depois de gorada a possibilidade de abrir as portas dos estádios na 33.ª jornada. A Liga considera que abrir as portas somente na última ronda, quando há “diversos objetivos em aberto”, constituiria “uma grave entorse à verdade desportiva e à equidade entre os competidores”.

Um dos objetivos em disputa é o acesso à Liga Conferência Europa, que envolve o Vitória, o Santa Clara e o Famalicão. Caso a autorização do Governo fosse avante, só os açorianos iriam contar com o seu público nas bancadas para a receção ao Farense, conjunto que procura escapar à descida.

Além de ter deliberado “não autorizar a realização de testes-piloto com público na última jornada da Liga NOS”, por unanimidade, a direção da Liga Portugal comprometeu-se ainda a realizar “todos os necessários contactos com a tutela e com as autoridades de saúde para que, logo desde o início da próxima época 2021/22, se possa retomar progressivamente a normalidade das assistências de público nos estádios das competições profissionais de futebol”.