Vitória SC e SC Braga protagonizaram, esta tarde, em Fão, o primeiro dérbi do Minho do fim-de-semana. O duelo entre as equipas B inaugurou a 3ª jornada da Liga 3.

Em relação ao último encontro, frente à UD Oliveirense, que terminou com uma derrota vitoriana por 3-1, o técnico Moreno promoveu apenas uma alteração na equipa: Bamba entrou para o lugar de Jason.

A história do encontro entre os dois maiores emblemas do Minho começou a ser escrita cedo. Ao minuto 18, fruto de uma desatenção e de alguma passividade da equipa vitoriana, o SC Braga colocou-se em vantagem por intermédio de Vitinha. O atacante dos arsenalistas surgiu na cara de Celton Biai e atirou com frieza para o 1-0.

A resposta do Vitória SC não demorou e, pouco tempo depois, através de um livre direto, executado de forma exímia por Dani Silva, chegou à igualdade no marcador. Um golo para ver e rever do capitão vitoriano que se estreou a marcar na Liga3. O empate galvanizou os pupilos de Moreno que, a partir desse momento, tomaram as rédeas da partida, somaram várias oportunidades para marcar, mas esbarraram na inspiração do guarda-redes bracarense. Lukas Hornicek mostrou-se intransponível face às investidas vitorianas.

Com um empate no marcador depois de 45 minutos jogados, e com o Vitória melhor na primeira parte da partida, Moreno operou uma alteração ao intervalo: Nélson da Luz, autor do último golo na derrota frente à UD Oliveirense, rendeu Gonçalo Gomes. As duas equipas tentaram imprimir um ritmo elevado ao jogo na segunda metade, a dividir as oportunidades, mas com as melhores a surgirem por intermédio dos jogadores vitorianos.

Com o jogo cada vez mais intenso, o árbitro Pedro Ferreira viu-se obrigado a ir ao bolso algumas vezes e, com menos de dez minutos jogados na segunda parte, as hostes vitorianas ficaram em sentido quando Tounkara viu o cartão amarelo após um puxão à camisola de Vitinha. Com muitos minutos pela frente até ao apito final, a defensiva vitoriana ficou sob pressão. Por esta altura, o guarda-redes, os dois centrais e o médio defensivo já tinham visto um cartão amarelo.

Apesar de se tratar de um jogo intenso, a segunda parte ficou marcada pelas constantes interrupções. Para além das habituais substituições das duas equipas em competição, houve ainda uma substituição na equipa de arbitragem. Depois da passagem dos 65 minutos de jogo, o árbitro da partida apresentou queixas físicas e passou o testemunho a Rúben Martins, jovem árbitro que foi inicialmente escalonado para preencher a posição de quarto árbitro neste desafio.

Na reta final, a equipa da casa alterou o sistema de jogo, tentou um esforço final, mas o Vitória nunca saiu da discussão da partida e voltou a aproximar-se da baliza adversária. Já no tempo de compensação, o Vitória chegou com perigo à baliza adversária, com a bola de Luís Esteves a passar muito perto do poste, mas não conseguiu alterar o resultado, fixado ainda na primeira parte em 1-1. Com cerca de 6 minutos de tempo extra jogados, o braguista Álvaro Djaló viu o cartão vermelho. Rúben Martins concluiu que o jogador arsenalista atingiu, com a chuteira, o vitoriano Maguinha, quando os dois jogadores estavam no chão. No fim das contas, os pontos dividiram-se entre os eternos rivais num jogo marcado pelas muitas oportunidades vitorianas.

Segue-se uma paragem de duas semanas. A Liga 3 regressa apenas na segunda metade do mês de setembro. No dia 19, pelas 17h, o Vitória SC vai receber o CDC Montalegre.

Moreno alinhou, no XI inicial, com Celton Biai, André Amaro, Gui, Bamba, Maguinha, Welton, Herculano, Dani Silva, Tounkara, Hélder Sá e Gonçalo Gomes. Foram suplentes utilizados Nélson da Luz, Luís Esteves, Rafa Pereira, Pedro Soares e Afonso Freitas.