José Antunes: “A academia está a formar, e é por aí que passa o futuro”
No dia do 99.º aniversário do Vitória, o presidente da Mesa da Assembleia Geral enalteceu as recentes chamadas às seleções jovens e frisou a “alegria grande” pela aproximação do centenário.

Na entrada principal do Estádio D. Afonso Henriques, cumpriu-se o ritual que pontua todas as manhãs de 22 de setembro: a bandeira preta e branca, com a imagem de D. Afonso Henriques e a palavra Vitória em realce, ergueu-se para celebrar os 99 anos do maior clube desportivo de Guimarães.
Cumprido o protocolo, o presidente da Mesa da Assembleia Geral sublinhou a “alegria grande” de ver a instituição “quase no centenário”, com uma atitude de “esperança no futuro”. "É um momento grande para nós, Vitória. É tempo de olhar para o passado traçado, de ter os pés no presente, com confiança, e esperança no futuro. A nossa bandeira norteia-nos nesta cidade única, neste clube apaixonado, com sócios que dão a vida pelo Vitória”, disse José Antunes aos jornalistas presentes no local.
Confrontado com os desafios que se aproximam, o responsável frisou que a direção liderada por Miguel Pinto Lisboa “está a trabalhar”, sempre disponível para esclarecer “quaisquer dúvidas” nas assembleias gerais, e elogiou o trabalho recentemente desenvolvido na academia, pegando no exemplo dos oito jogadores chamados às seleções sub-21, sub-20 e sub-19 de Portugal no início de setembro.
“Temos internacionais na formação. A academia está a formar, e é por aí que passa o desafio do Vitória do futuro”, observou.

“Que o Senhor vos acompanhe. E o Vitória ganhe”
Aos 64 anos, José Antunes lembra-se de viver a “paixão” pelo Vitória “desde criança”, quando acompanhava o pai à Amorosa para ver “grandes jogadores como Silveira”. Habituado a “ver o futebol entre as pernas do pai” quando criança de tenra idade, caiu uma vez abaixo de uma das bancadas de madeira. “O meu pai ficou atrapalhado, porque uma vez caí abaixo da bancada, mas a altura era pouca. Era uma paixão desde criança. Hoje incuto isso aos meus sobrinhos e sobrinhos-netos”, recordou.
Sacerdote católico desde julho de 1980, o presidente da Mesa da Assembleia-Geral não se esquece de reservar uma mensagem para o Vitória nas eucaristias, principalmente na antecâmara de jogos decisivos para as principais competições de futebol.
“Há dias em que a gente, com um certo humor e com uma certa alegria, digo no fim da celebração, sem vergonha: “Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe. E que o Vitória ganhe”. Não digo sempre, porque se torna cansativo, mas em momentos importantes, em que há aquela ansiedade, isso sai e as pessoas deixam a eucaristia bem dispostas. Com respeito pelas pessoas que têm outra paixão, somos Vitória”, descreve.