Jorge Fernandes, Händel e André Silva em Joane: “O importante é a comunhão”
Os três jogadores visitaram a Escola Básica de Joane para cimentarem “comunhão” com adeptos, enquanto anseiam pela recuperação plena das lesões que os acossam.

A vila de Joane é um dos epicentros da véspera do centenário do Vitória SC. Se para as 20h00, está marcado um duelo entre a primeira equipa vitoriana e o GD Joane, do Pró-Nacional da Associação de Futebol de Braga, a manhã foi tempo para a Escola Básica receber um trio de atletas: os capitães Jorge Fernandes e Tomás Händel e um dos reforços para esta época, André Silva.
Lesionados, os três jogadores entraram em ação pela sala de aula para mostrarem o “privilégio” de pertencer ao emblema preto e branco. “O mais importante desta iniciativa é promover a comunhão entre os jogadores e os adeptos, puxá-los para nos apoiarem ainda mais no estádio. Sabemos que juntos vamos ser sempre mais fortes. Queremos estar juntos ao longo da época para que possamos conquistar coisas muito boas”, realçou Jorge Fernandes aos jornalistas, no estabelecimento de ensino da vila famalicense.
Convencido de que o plantel pode “alcançar coisas boas” ao longo da temporada, o central falou ainda do exemplo que procura dar quando recebe um novo elemento no plantel: “Enquanto colega vê-los a aparecer enche-me de orgulho. São miúdos que trabalham diariamente, que têm muita qualidade, que estão a ter as suas oportunidades e a dar respostas. Vão ter um futuro risonho pela frente”, frisa.
Ao lado, Händel, de 21 anos, realça os “valores” que o Vitória, emblema da cidade natal, lhe transmitiu sobre “como estar na vida e no futebol” e também o “prazer” de mostrar isso a outros elementos da comunidade, nomeadamente jovens. “Queremos ter muitos mais adeptos. O Vitória é muito mais que um clube de futebol”, disse.
Ansioso por “voltar rapidamente aos relvados”, o médio internacional sub-21 pede ainda cautela quanto às “expetativas” sobre um plantel que é “jovem” e “vai ser melhor no final da época”. “Isto não é como começa, mas sim como acaba. O que podemos prometer é trabalho, honrar o símbolo que temos ao peito”, vinca.
“A ansiedade para regressar é constante”
Cara nova no Vitória de 2022/23, André Silva marcou dois golos nos dois jogos que fez para o campeonato, antes de se lesionar. O dianteiro admite viver uma fase difícil, mas quer aproveitar a pausa para “poder evoluir”. “Fui muito bem recebido pelos meus companheiros, pela direção e pelos adeptos, isso facilitou bastante. Vivo agora uns tempos mais difíceis, mas já me sinto em casa. Como todas as pessoas, temos umas fases ruins na vida. Temos de tirar proveito disso para poder evoluir”, frisou.
Contratado ao Arouca, o avançado diz querer jogar perante “muita massa adepta” e espera o dia do regresso ao tapete verde, para tentar “usufruir dos 90 minutos” ao serviço de um clube com um perfil que “nem toda a gente pode viver”.
“Cheguei esta época, já sinto bastante o clube e a sua grandeza. Gosto muito deste tipo de trabalho, de trazer os adeptos para mais perto do clube. Para mim é um trabalho fantástico”, disse, antes de projetar o regresso: “A ansiedade para regressar é constante, porque quero ajudar o Vitória e dar alegrias aos nossos adeptos. Tenho feito as coisas com calma, em breve vou poder regressar”.