A segunda experiência de Rui Bragança nos Jogos Olímpicos não durou mais de um combate: o vimaranense de 29 anos caiu na primeira ronda da prova masculina de -58kg frente a Adrian Vicente Yunta, por uns pesados 24-9, após parciais de 4-2, 12-6 e 8-1.

Após a derrota em Tóquio, o lutador ainda mantinha uma ténue esperança de se manter no torneio e de atingir o bronze, caso o madrileno de 22 anos chegasse à final; nesse caso, Bragança seria repescado e teria de vencer dois combates para conquistar a medalha. Adrian Vicente Yunta acabou, no entanto, por perder na segunda ronda, frente ao atual campeão mundial e líder do ranking mundial, o sul-coreano Jang Jun, por 24-19.

O atleta de Guimarães concluiu o torneio ao fim do primeiro combate, depois de, na edição do Rio de Janeiro, em 2016, ter atingido a segunda ronda: venceu o colombiano Óscar Muñoz Oviedo, por 14-2, e perdeu depois frente ao dominicano Luisito Pie, por 4-1.

A meta agora é Paris 2024

No final do combate, Rui Bragança disse aos jornalistas que “estava melhor preparado fisicamente” para a Olimpíada em curso do que para os Jogos do Brasil, em 2016, mas, perante a derrota, confessou que já pensa em Paris, até porque o tempo de preparação será mais curto.

“Se faltassem quatro anos, se calhar não, mas a faltar dois para acabar o apuramento para os Jogos Olímpicos é fazer mais um ‘forcingzinho’. E se o meu corpo aguentar como tem aguentado…”, salientou o lutador, o segundo atleta mais velho do torneio olímpico masculino de -58kg. o segundo mais velho dos 16 da categoria de -58 kg em Tóquio2020.

Convicto de que pode “ficar ainda mais forte” no futuro, o nono classificado da hierarquia mundial prometeu trabalhar “um dia de cada vez” e lutar para marcar presença nos Jogos Olímpicos pela terceira ocasião consecutiva.