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Inauguração do relvado sintético do São Cristóvão

Apelo à criação de uma bancada marcou inauguração do relvado sintético do clube da 1.ª Divisão da AF Braga. Presidente da Câmara pediu mais desporto feminino e atividade física regular pela população.

04 dezembro 2022 > 12:30

Do corte da fita ao descerrar da placa comemorativa, a inauguração do relvado sintético do Grupo Desportivo São Cristóvão, decorada a azul e amarelo, teve discursos de incentivo à prática desportiva naquela comunidade e em todo o concelho de Guimarães, de reconhecimento da aposta da Câmara Municipal de Guimarães em infraestruturas desportivas e também de apelo à construção de uma bancada que acompanhe o novo tapete verde.

Concluída a instalação do sintético, graças a uma verba de 250 mil euros inscrita no documento de apoios desportivos da Câmara Municipal de Guimarães para a época 2021/22, e a mudança do sistema de iluminação, avaliada em 50 mil euros, o presidente do clube vincou que o relvado é “um sonho tornado realidade”. “Não foi fácil, mas se fosse fácil, não valia a pena”, afirmou Rui Machado, no seu discurso, proferido numa manhã de domingo nublada e fria.

O GD São Cristóvão, frisou, é não só “um clube de desporto”, mas “um clube com a missão de formar homens”, através da sua veia “pedagógica no desenvolvimento” de quem lá jogo. Convencido de que o trabalho desenvolvido para a nova infraestrutura se enquadra no “nobre espírito do associativismo e de servir a comunidade” que apregoa, Rui Machado admitiu que a obra eleva o “patamar” do clube do vale do Selho, quando o “melhor estará ainda por vir”.

Um dos objetivos rumo a esse almejado desenvolvimento é o de edificação de uma bancada junto ao campo de jogos do rio Selho. A presidente da Junta de Freguesia de São Cristóvão de Selho assumiu isso mesmo. “O próximo objetivo é dotar este recinto de melhores condições para os seus associados, simpatizantes e, também claro, para todos os que visitam este recinto desportivo, com a implementação de uma bancada que satisfaça o mais comum adepto”, vincou Marta Filipa Gonçalves.

A autarca sublinhou mesmo que os presentes não estavam “a inaugurar o relvado sintético do rio Selho”, mas “a primeira fase da requalificação do campo de futebol do parque de lazer do rio Selho”, agradecendo, de seguida, o apoio da Câmara Municipal.

Ver o “campo repleto de juventude” com as equipas de formação recém-criadas é um “motivo de orgulho” para a responsável pela Junta, que agradeceu também o contributo de todos os presidentes do GD São Cristóvão para não “deixarem cair o projeto desportivo” desde 1979. Alfredo Jorge Teixeira, presidente do clube aquando da primeira participação em campeonatos da Associação de Futebol de Braga, na época 2010/11, foi agraciado durante a cerimónia.

 

Para além do “desporto competitivo”, o informal: uma “meia hora a pé” todos os dias

A inauguração contou também com os discursos de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, Nelson Felgueiras, vereador municipal para o Desporto, que apelou a que o espaço seja de “prática desportiva, convívio e atividade física com vista à melhoria da qualidade de vida das pessoas”, de Nuno Leite, vice-presidente do Vitória SC, que agradeceu o convite para marcar presença na cerimónia, e de Manuel Machado, presidente da Associação de Futebol de Braga, que aproveitou o “momento histórico” para elogiar a política desportiva do município de Guimarães e para apelar ao crescimento da prática feminina.

"Comecem a pensar nas meninas”, frisou, num repto ao clube. “Para o plano estratégico 2030, é importante que se aposte na formação, nos meninos e nas meninas. Há apoios para infraestruturas também”, disse.

Domingos Bragança tocou igualmente a questão, defendendo que é preciso “disponibilizar estruturas para que se inclua decisivamente o género feminino na prática desportiva”, por forma a ser “completamente inclusiva”.

Sem esconder o “orgulho” de ver completa uma obra que vai servir o vale do Selho, o presidente da Câmara frisou que o “desporto competitivo” é “bom”, por criar “ídolos e referências” que os “mais jovens” querem seguir, mas lembrou que os equipamentos municipais também devem ser utilizados para a prática desportiva informal, dimensão na qual Guimarães está até acima da média nacional e da média europeia, disse. Investir no desporto, acrescentou, é investir noutras áreas.

“Queremos investir na escola, mas a escola tem de ter estes parques desportivos. Queremos investir na saúde e no bem-estar, e é preciso investi-lo nos hospitais e nos centros de saúde, mas, antes disso, cada um tem de praticar desporto para manter a saúde o mais possível ao longo da vida”, disse.

Domingos Bragança deixou assim o repto para os habitantes daquela comunidade irem “todos os dias” ao parque darem um passeio, com “fatos de treino e de sapatilhas”, e deu até o seu testemunho de atividade física diária.

“Todos os dias ando meia hora a pé. Todos os dias ponho as minhas sapatilhas, a minha camisola e o meu calção. Se o tiver de fazer às 06h30, por ter compromisso às 08h00, faço-o. Se não tiver compromisso, ponho-me a pé às 07h00 para fazer essa meia hora. Faço-o cá fora, faça chuva ou faça sol”, confessou.

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