Após quatro meses de paragem, o futebol distrital está de regresso. Este fim-de-semana há dezassete jogos nos quais estarão envolvidas equipas de Guimarães, num retomar do futebol regional que traz um misto de “ansiedade” e “expetativa” a jogadores, treinadores e dirigentes.

O Tempo de Jogo ouviu os seis treinadores dos clubes que militam no escalão maior da AF Braga, o Campeonato Pró-Nacional, sendo que foram estas as palavras mais utilizadas: ansiedade e expetativa.

Se por um lado ainda há quem espreite os objetivos e possíveis subidas, até porque não se desce de divisão, a ideia generalizada é terminar os campeonatos, os poucos jogos que restam, com o simbolismo de estar de volta à prática desportiva.

Opinião dos treinadores dos clubes vimaranenses que disputam o Campeonato Pró-Nacional: 

Adriano Araújo, treinador do Desp. Ronfe
“O regresso é sempre importante para nós, até porque estamos numa altura em que já é difícil estar longe dos relvados. Vamos voltar com ambição de vencer os jogos que temos pela frente, sinto que a equipa está preparada para dar continuidade ao trabalho. Os objetivos são os mesmos que já tínhamos no início que é dignificar o emblema e, acima de tudo, percebermos quem está enquadrado com clube para fazermos já uma projeção de futuro a breve prazo.”

Fernando Fontão, treinador do GD Serzedelo
“A equipa está a encarar o regresso com entusiasmo, com ansiedade e o prazer de voltar à competição. Estamos ansiosos pelo jogo para podermos pôr em prática aquilo que mais gostamos de fazer que é jogar futebol. Nesta fase a equipa está motivada, fisicamente nota-se um défice natural devido à paragem. No entanto, temos o cuidado de fazer um trabalho específico que é necessário fazer para prevenção de lesões, mas estão todos a reagir muito bem ao regresso. O objetivo do Serzedelo é vencer o próximo jogo e estamos apenas focados a planear a estratégia para dar o máximo no jogo”.

Ivo Roque, treinador da UD Torcatense
“Regressámos aos treinos há cerca de duas semanas, como nos foi permitido. Tem sido um regresso muito empenhado por parte de toda a equipa. Temos um plantel jovem e que está com muita vontade de voltar a competir e melhorar dia após dia. Temos tentado treinar o máximo possível para tentar minimizar esta pausa enorme que tivemos para podermos entrar na competição da melhor forma. Vamos ter três jogos em sete dias e torna-se muito intenso para quem esteve parado tanto tempo. Relativamente aos objetivos e, dado que não haverão descidas, iremos tentar pontuar em todos os jogos de forma a tentar dar uma imagem diferente na prova”.

Pedro Adão, treinador do GDRC Os Sandinenses
“A paragem foi longa, sempre na expetativa de quando é que vamos regressar, o que para os jogadores é mau. Nota-se que a paragem fez efeito, agora é tentar com os treinos, pô-los o melhor possível. Vamos jogar com o Porto D’Ave, é cada vez está mais importante conhecer as outras equipas, porque estuda-se sempre a maneira de jogar, as bolas paradas; tanto nós a eles como eles a nós. É como fazer um jogo com uma equipa desconhecida, sem sabermos o que nos vai acontecer, mas a minha equipa é experiente, tem jogadores experientes e sabe que, naqueles primeiros cinco minutos, já se sabe como é que joga a outra equipa e como se está a posicionar”.

Rui Castro, treinador do CC Taipas
“O psicológico é o mais fácil de trabalhar. O regresso e as saudades fazem com que o psicológico comece a funcionar direito. Como tudo está a normalizar, as pessoas começam a ficar mais motivadas. Este ano vamos acabar por nunca chegar aos índices físicos desejados, porque isto basicamente não arrancou. Vamos fazer cinco jogos seguidos e, ao fim desses jogos, vamos começar a ganhar alguma forma física. Por isso, a níveis físicos, a malta está muito limitada. Teremos pela frente um jogo complicado, porque o Joane é uma equipa moralizada. Os jogadores querem ganhar, o Joane estar em primeiro lugar acaba por ser uma motivação para nós, depois deste tempo todo parados”.

Zé Faria, treinador do CD Ponte
“Os jogadores apresentaram-se psicologicamente bem, estão com ânsia de competir. Fisicamente, estão todos dentro das mesmas limitações, mas isso será transversal a todas as equipas. Resta-nos pensar jogo a jogo e tentar a melhor classificação possível, sabendo que o primeiro lugar é muito difícil. A minha equipa gosta de desafios, nos últimos dois desafios, com o Joane e com o Serzedelo, não fomos felizes. Com resultados mais positivos, poderíamos estar mais colados acima, mas o jogo assim o ditou. Se queremos uma boa classificação, temos de ir a Ribeirão e trazer de lá os três pontos. É fundamental até para nos motivarmos”.

Agenda dos Jogos do fim-de-semana do Futebol Distrital:

PRÓ-NACIONAL

DIVISÃO DE HONRA

1.ª DIVISÃO