skipToMain

Financiar a SAD é prioridade de Alex Costa. E há quatro soluções na mesa

De um “plano de contingência a 60 dias” a um empréstimo obrigacionista de 20 milhões, candidato crê que reformulação financeira é necessária para assegurar “sustentabilidade” da SAD.

16 fevereiro 2022 > 22:00

Depois das passagens pelo relvado, como atleta, e pelo banco de suplentes, como treinador, Alex Costa ambiciona representar de novo o Vitória SC, mas agora como presidente. E o lateral direito vitoriano nas épocas 2004/05 e 2009/10 a 2012/13 prometeu nunca “abdicar das suas convicções” caso venha a ser eleito, ao mesmo tempo que procura fazer “feliz” a comunidade vitoriana.

Segundo o programa da candidatura “Sim, Vitória”, a sociedade anónima desportiva, responsável pelo futebol profissional, está em “risco de insolvência”, tornando-se necessário “tomar medidas de reforço da capacidade financeira” para se garantir a “sustentabilidade” de todas as áreas de atividade vitorianas.

No documento distribuído, a lista B enumera quatro caminhos para assegurar a sustentabilidade financeira do Vitória um deles prevê a “injeção imediata” de cinco milhões de euros para regularizar “as dívidas a credores e colaboradores” e “cumprir os planos de pagamentos”, sendo também objetivo “acabar com operações de antecipação de receita televisiva”.

O segundo impõe um “plano de contingência e contenção de despesas nos primeiros 60 dias de gestão”, com “um teto máximo de despesa e investimento de todo o universo vitoriano”, assegurando o “equilíbrio das contas de exploração para o segundo ano de mandato”.

O terceiro prevê um “aumento de capital da SAD em 15 milhões de euros”, com 7,5 milhões de euros provenientes do Vitória – ainda tem de investir mais cinco para completar a compra das ações da MAF -, angariando outros 7,5 milhões de investidores minoritários.

Há ainda um outro modelo que prevê um financiamento de longo prazo ou uma oferta pública de obrigações que ascende a 20 milhões de euros, tendo associado um plano de valorização e criação de património, que inclui a reformulação do estádio e um novo centro de estágio, e “a elaboração de plano de negócio que projete o Vitória a 10 anos”.

Além dessas hipóteses de financiamento, o candidato a vice-presidente para a área financeira Eduardo Leite realçou que a SAD precisa de uma supervisão mais independente, com a apresentação do orçamento anual aos sócios e a criação do conselho fiscal da SAD. O presidente do conselho fiscal entre 2012 e 2019, sob a presidência de Júlio Mendes, salientou o aumento de capital de 15 milhões de euros como a “mãe de todas as medidas”, ao alegar que, a 31 de dezembro de 2021, o Vitória tinha um capital próprio negativo de 14 milhões de euros.

 

Revitalizar Taça do Rei e colocar o plantel sub-19 na Liga Revelação

Entre os princípios de ADN Vitória e de “aposta na formação como pilar estratégico de todo o futebol”, Alex Costa enumerou algumas das medidas que tenciona aplicar para a área desportiva, entre as quais a “revitalização da Taça do Rei”, torneio infantil que atraía cerca de 500 crianças de várias equipas ao Estádio D. Afonso Henriques, e a utilização do plantel sub-19 para disputar a Liga Revelação, destinada ao escalão sub-23.

“Os sub-23 são um tema importante. Vão deixar de existir enquanto equipa, mas não como patamar competitivo. A nossa equipa sub-19 vai estar presente no campeonato nacional de juniores ao fim de semana e a meio da semana na Liga Revelação, para ter menos jogadores com contrato profissional nos quadros”, vincou.

Em caso de triunfo a 05 de março, Alex Costa prometeu também ficar a cargo das modalidades, tendo prometido um orçamento transversal a todas elas e a extensão da escola de futebol “Os Afonsinhos” a outros desportos. “É hora de devolvermos dignidade às nossas modalidades. Elas deixarão de ser as modalidades amadoras, que é depreciativo. Serão tratadas com a mesma dignidade das restantes áreas do nosso clube. Assumirei essa área, juntamente com o futebol. Serei o presidente dos estádios, mas também dos pavilhões e das piscinas. Estarei onde o Vitória estiver representado. Se não estiver em algum momento, estará alguém da nossa direção”, disse.

Para o candidato, as modalidades são ainda mecanismo “essencial” para o Vitória alargar a sua base social, porque nem todas as crianças e adultos se identificam com o futebol.

O “projeto olímpico” e o desporto adaptado foram também mencionados, com Alex Costa a defender que o Vitória deve ser um clube voltado para a comunidade e “inclusivo”, acolhendo atletas de “todos os géneros e raças”.

Tópicos

Subscreva a newsletter Tempo de Jogo

Fique a par de todas as novidades

Opinião Desportiva

Multimédia

Podcast