Fernando José da Silva Freitas Meira nasceu em Guimarães no dia 5 de junho de 1978. Com sete anos de idade ingressou na formação do Vitória Sport Clube e só conheceu outro emblema aos 19, quando, por empréstimo, esteve uma época ao serviço do Futebol Clube de Felgueiras. Voltou a casa e vestiu a camisola do rei por mais uma época até ser transferido para o Sport Lisboa e Benfica, clube que representou nas duas épocas seguintes. Foi a última experiência no futebol português antes de partir à descoberta do futebol europeu.

Em solo estrangeiro, começou por representar o Stuttgart. Sagrou-se campeão da Bundesliga, título que festejou efusivamente com um cachecol do Vitória SC no pulso, e vencedor da malograda Taça Intertoto da UEFA – precisamente durante a fase em que havia três campeões por época, sendo o Stuttgart um deles em 2002, a par do Fulham e do Málaga. Deixou a Alemanha para vestir a camisola turca do Galatasaray e adicionar a supertaça ao palmarés. Eventualmente mudou-se para São Petersburgo. Representou o Zenit entre 2009 e 2011 e esteve nos planteis que durante esse período conquistaram o campeonato, a taça e a supertaça da Rússia e ainda a Supertaça Europeia. Terminou a carreira em 2012, ao serviço do Real Zaragoza, depois de uma época a realizar o sonho de jogar na La Liga.

As primeiras chamadas à seleção das quinas aconteceram quando Fernando Meira ainda estava nos escalões de formação. Somou mais de 50 jogos, distribuídos pelos escalões compreendidos entre os sub-17 e sub-21. A primeira internacionalização pela seleção A aconteceu a 11 de outubro de 2000. Entrou já na fase tardia do jogo que opôs os Países Baixos a Portugal. A partida, a contar para a qualificação para o Mundial 2002, terminou com triunfo luso por 0-2. O antigo central acabou por fazer mais do que 50 jogos pela seleção nacional; esteve presente no Mundial de 2006 e no Europeu de 2008.

A participação do vimaranense nos Jogos Olímpicos aconteceu em 2004, nas olimpíadas disputadas em Atenas. Fernando Meira foi convocado para integrar a seleção como um dos três jogadores permitidos com mais de 23 anos. É importante assinalar que na lista de reservas estava outro vimaranense. Custódio foi um dos quatro jogadores a figurar como alternativas, mas acabou por não ser chamado.

A formação portuguesa, que contava com Cristiano Ronaldo, não gozou de muito sucesso. A disputar o grupo D com Iraque, Costa Rica e Marrocos, os portugueses não passaram à fase seguinte. Depois de três jogos realizados, a seleção nacional foi a segunda mais goleadora do grupo com seis golos marcados, mas os esforços foram insuficientes. A equipa das quinas não conquistou mais do que três pontos, desempenho insuficiente para ir além da fase de grupos. Fernando Meira fez parte da formação inicial dos três encontros.

Apesar de atualmente os Jogos Olímpicos não gozarem de particular entusiasmo no universo futebolístico nacional, a estreia portuguesa na modalidade, nos Jogos Olímpicos de 1928, em Amesterdão, foi durante muito tempo o momento mais importante da modalidade no país, destronado só pelo 3.º lugar do Mundial de 1966. Portugal voltou a apresentar uma seleção olímpica em mais três ocasiões: 1996, 2004 e 2016. Em 2018, quando Portugal falhou o apuramento para o Campeonato Europeu sub-21, falhou também o apuramento olímpico para Tóquio.

Quase uma década depois de pendurar as chuteiras, o vimaranense continua ligado ao desporto e ao futebol como agente FIFA através da MNM Sports Management, empresa que fundou com os antigos futebolistas Pedro Mendes e Nuno Assis.