Faltou inspiração para manter invencibilidade caseira
A bola teimou em não entrar nos momentos decisivos, quando o Vitória tentava recuperar a desvantagem face ao Benfica e fazer o pleno de triunfos nos jogos como anfitrião para a Liga Skoiy.

As sucessivas tentativas para virar o resultado nos cinco minutos finais, quando a diferença chegou a ser de quatro pontos (54-50 favorável ao Benfica), fracassaram quase todas, ditando um resultado final de 62-52 e a perda da invencibilidade caseira do Vitória na Liga Skoiy, precisamente no último jogo da fase regular disputado no Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranense. Ainda não foi desta que a equipa de Rui Costa, quarta classificada, com 15 vitórias e seis derrotas, se impôs ao vice-líder da tabela - já havia perdido em Lisboa para o campeonato (89-52) e para a final da Taça de Portugal (85-63).
Mas o arranque da partida deu a entender que o desenlace poderia ser outro: mesmo sem Bárbara Souza, lesionada, o cinco inicial vitoriano surgiu agressivo na defesa e fluido no ataque, alcançando nos cinco primeiros minutos um resultado de 7-1. A eficácia ofensiva foi efémera, no entanto, e o Benfica, tal como acontecera na final da Taça, capitalizou as saídas de Mariana Silva e de Marta Martins, sobretudo, para recuperar aos poucos. A concentração defensiva das mulheres de Guimarães, tapando muitos dos caminhos para o cesto, aguentou a vantagem até meados do segundo período, fase em que o Vitória também soçobrou nesse capítulo, em parte devido às muitas faltas cometidas, que levou Rui Costa a promover uma rotação forçada.
Depois das encarnadas terem fixado uma margem de oito pontos ao intervalo (37-29), o Vitória reduziu esse fosso para três pontos (44-41) num terceiro período marcado pela ineficácia de ambas as partes: as vimaranenses marcaram 12 pontos e as lisboetas sete. Essa recuperação não teve, porém, continuidade no quarto período, apesar do jogo se ter mantido em aberto até à entrada para o último minuto.
Sem pontos de lance livre
Face às escassas faltas cometidas pelo Benfica, o Vitória dispôs somente de dois lances livres e falhou ambos. Esse registo contrasta com os 13 pontos somados pelas águias dessa linha. Num jogo com eficácia semelhante nos lançamentos de dois e de três pontos, os ressaltos foram o outro capítulo que diferenciou as equipas: as mulheres de vermelho ganharam 49 ressaltos contra 32 das de branco.
A nível individual, Alexandra Mollenhauer foi a vitoriana que mais se evidenciou, com 11 pontos e nove ressaltos, seguida de Luiana Livulo, com 10 pontos e seis ressaltos. A distinção de jogadora mais valiosa coube à benfiquista Altia Anderson, que conseguiu 10 pontos e 15 ressaltos e foi secundada por Marta Martins e Japónica James – cada uma com 14 pontos e seis ressaltos.
A fase regular termina no domingo, com o Vitória a deslocar-se a Matosinhos para defrontar o Guifões, oitavo classificado, com oito triunfos e 13 derrotas, às 15h00. É nesse jogo que a equipa de Rui Costa decide o lugar no qual parte rumo ao play-off.