Estupiñán deve sair. A situação financeira trava a renovação, diz direção
Melhor marcador vitoriano na presente época deve rumar a outras paragens no final da temporada, face à incapacidade financeira do clube em prolongar o contrato, adiantou António Miguel Cardoso.

O desfecho mais provável da relação de quatro anos entre o Vitória SC e Oscar Estupiñán, o seu melhor marcador na época em curso – 12 golos no campeonato e um na Taça da Liga -, é a mudança do avançado para outras paragens, reconheceu o presidente António Miguel Cardoso, durante a assembleia geral extraordinária.
O dirigente realçou que tal desenlace provém da difícil situação financeira que o clube atravessa, que suscitam entraves na renovação dos contratos de outros atletas. Contratado na época 2017/18, Estupiñán marcou 25 golos em 75 jogos pela equipa principal e 11 pela equipa B – 10 na primeira temporada e um na época passada, antes do regresso à equipa principal. Nesse percurso de quatro anos, esteve emprestado ao Barcelona, do Equador, na segunda metade de 2018/19, e ao Denizlispor, clube turco no qual apontou 12 golos em 32 partidas.
Na reunião magna desta sexta-feira, os cerca de 400 associados no Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranense aprovaram o relatório e contas da temporada 2020/21, chumbado em 23 de outubro, ainda sob os órgãos sociais que tinham Miguel Pinto Lisboa na presidência da direção; esse documento apresenta um resultado líquido negativo de 3,6 milhões de euros e uma subida do passivo de 6,8 para 7,8 milhões de euros.
O líder vitoriano referiu ainda que o passivo total do universo Vitória atinge quase os 47 milhões de euros e que o prejuízo no final da temporada 2021/22 pode rondar os 11 milhões de euros. António Miguel Cardoso deu também conta de uma antecipação de receitas televisivas de 20 milhões de euros, até dezembro de 2025, e de 1,4 milhões de euros do patrocínio da Placard, até março de 2025.