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Este Dérbi não foi “para inglês ver”, mas foi decidido por um (e por Varela)

Edwards abriu o marcador na primeira parte, mas o melhor do Dérbi esteve na segunda parte. O Moreirense criou uma mão cheia de oportunidades de golo, mas Bruno Varela guardou os três pontos.

06 novembro 2021 > 22:22

Quem se deslocou ao Estádio D. Afonso Henriques este sábado para ver o dérbi concelhio deve ter saído com o coração acelerado. Se a história dizia que, para o campeonato, o Moreirense nunca tinha ganhado em casa do Vitória SC, os últimos 20 minutos podiam deixar qualquer um na dúvida. Os cónegos desperediçaram uma mão cheia de oportunidades e valeu ao Vitória o pragmatismo no primeiro tempo. O jogo ficou 2-1, mas numa outra noite podia ter escalado para outros números.

O primeiro sinal de perigo foi dado pelos forasteiros, estava o relógio a bater nos 15 minutos. Por essa altura, Abdu Conté arranca pela esquerda, dá para o meio, e Rafael Martins aparece solto na área para rematar e ver Bruno Varela mostrar serviço. Foi a primeira e única intervenção do guardião vitoriano no primeiro tempo. Depois do aviso o Vitória cresceu. Crescimento embalado pelos rasgos de Rochinha e Edwards, que iam furando a defesa cónega.

Saiu precisamente do pé esquerdo do inglês – que esteve bastante ativo durante o primeiro tempo – o primeiro golo do encontro. Carambola dentro de área após um passe de André Almeida e aproveitamento do jovem britânico: enquadra-se e remata de pé esquerdo à parte interior do poste, que remete a bola para o fundo das redes.

Um Vitória jovem, com André Amaro a substituir Toni Borevkovic perto do apito inicial, manteve a bitola e até podia ter ampliado a vantagem aos 35’, altura em que Edwards, noutra mostra de criatividade, isola, com um pequeno chapéu, o avançado Estupinan. No entanto, o colombiano não foi a tempo de desviar a bola de Kewin.

O Moreirense entrou mais acutilante e pressionante no segundo tempo e parecia aproveitar uma certa intranquilidade do Vitória. Quase sempre pelos flancos, com sobreposições, a turma de João Henriques mostrava outros sinais. As ameaças materializaram-se aos 60’: Walterson pressiona Helder Sá, ganha a bola e vê o colega Rafael Martins rematar com força ao poste da baliza defendida por Varela.

Os forasteiros acreditavam no empate, subiam no terreno e “encostavam” o Vitória. Os treinadores olhavam para o banco e jogavam as últimas cartas para os últimos 20 minutos. Pepa lançou Quaresma (Rochinha), Janvier (André André) e Bruno Duarte (Estupinan); no Moreirense, João Henriques trouxe para jogo Jambor (Franco) e Filipe Pires (Derik Lacerda).

O Moreirense ia amontoando oportunidades e entrava nos últimos 15 minutos por cima na partida. Intranquilo, o Vitória deixava laivos de desinspiração. Os 12396 devem ter suspirado de alívio quando já dentro dos últimos dez minutos a turma de João Henriques remata três vezes – uma delas ao poste – para Bruno Varela dizer presente.

Contra a corrente do jogo, o Vitória aproveitou uma bola parada e, de canto, conseguiu respirar. Bruno Duarte responde da melhor forma à solicitação de Quaresma e fixava o resultado em 2-0. O Moreirense não baixou os braços e conseguiu assustar os vitorianos: Filipe Pires rematou do meio da rua para um grande golo.

Fechadas as contas, o Vitória somou mais três pontos, atingiu os 16 pontos e coloca pressão no Estoril. Já o Moreirense mantém-se à tona, perto da linha de água, com oito pontos.

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