Depois da entrada em falso no ano de 2022 - fruto da derrota em Barcelos por 3-2 na jornada anterior - o Vitória SC deslocou-se até ao sul do país para jogar uma cartada decisiva nas suas aspirações europeias, diante do Portimonense, no primeiro jogo da segunda volta do campeonato. O Vitória SC esteve a vencer até aos derradeiros minutos da partida, quando percebeu que dar espaço a Anderson foi um erro: o extremo, que começou a partida no banco, fez o golo do empate e fechou o marcador.

Para a partida em Portimão, Pepa foi forçado a promover quatro alterações no XI inicial: Hélder Sá rendeu Rafa Soares no corredor esquerdo; Óscar Estupiñan regressou à frente de ataque; André Almeida e André André, o primeiro por ser caso positivo de covid-19 e o segundo por castigo, ficaram arredados do jogo; o lesionado Quaresma também não foi opção. Rochinha regressou ao relvado depois de cumprir castigo e Nélson da Luz, depois de marcar em Barcelos, ganhou direito à titularidade.

O primeiro quarto de hora do encontro foi jogado a um ritmo baixo e nenhuma ocasião de perigo digna de registo rondou as duas balizas, apesar da maior iniciativa de jogo ter pertencido à formação algarvia. Na primeira incursão do seu ataque, aos 16’, o Vitória causou danos na defesa adversária e esteve perto de marcar em três momentos – todos eles no mesmo minuto -, mas os remates de Rochinha e Lameiras esbarraram na inspiração de Samuel Portugal que impediu que a formação vimaranense se adiantasse no marcador.

Mas aos 34’ o guarda-redes nada pôde fazer para impedir o golo de Nélson da Luz. Na sua estreia como titular com a camisola do Vitória, o atacante angolano aproveitou o corte deficiente do central Lucas para desfazer o nulo e colocar os conquistadores na dianteira do marcador. Antes do fecho da primeira metade, o Vitória teve nos pés de Händel uma ocasião soberana para ampliar a vantagem, mas o guarda-redes algarvio voltou a ser protagonista e a impedir o segundo. Ao intervalo, os conquistadores saíram por cima pela vantagem mínima: 0-1.

No regresso dos balneários a toada do encontro manteve-se e os homens de Portimão voltaram a dominar a posse de bola em consequência de quererem assumir a iniciativa do jogo. Em sentido contrário, o Vitória pareceu perder interesse no jogo e especialmente em aumentar a vantagem para ficar confortável na partida. Com o nível exibicional a perder qualidade, as oportunidades foram sendo cada vez mais tímidas. O Portimonense aproximou-se da baliza, geralmente com Angulo a desequilibrar, mas continuou sem levar perigo à baliza de Bruno Varela, cruz que carregou quase até ao apito final.

Pepa ainda lançou André Amaro (Borevkovic), Gui (Rochinha) e Janvier (Tiago Silva), mas não mexeu com o jogo. Foi do banco contrário que saiu a chave para o empate: Anderson, que foi lançado por Paulo Sérgio no início da segunda parte, chegou ao golo ao minuto 85. A bola deslizou pelo corredor esquerdo e o brasileiro, sozinho à entrada da área, respondeu com pontaria e potência ao cruzamento de Relvas. O extremo entrou bem na partida e acabou por chegar ao golo que selou o resultado final.

Na reta final e depois do golo, o timoneiro vitoriano ainda mexeu na equipa: entrou Bruno Duarte (Hélder Sá) e Rafa (Händel). Os dois jogadores entraram a tempo de participar nos minutos mais entusiasmantes da partida. As formações gladiaram-se até aos instantes finais e Nélson da Luz (aos 89’ e aos 90’+3’) e Janvier (aos 90’+7’) estiveram perto de fazer o golo, mas a trave e Samuel Portugal superiorizaram-se aos ímpetos dos forasteiros.

Com o empate a uma bola em Portimão, as duas equipas mantêm a ordem na tabela: Portimonense é 7.º com 25 pontos e, com menos um, o Vitória ocupa a 8.ª posição. Os comandados de Pepa mantêm assim a distância para os lugares europeus. O regresso a casa está agendado para o próximo domingo, dia 23, para a receção ao Estoril. Os canarinhos também têm 25 pontos somados, mas menos um jogo (a jornada 18, frente ao Arouca, está agendada para o final do mês de janeiro).