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Em Guardizela o golfe é para todos

É em Guardizela, a sul do concelho, que os vimaranenses podem encontrar o único campo de golfe da região. Está prevista a inauguração de mais três hectares de relvado no próximo mês de março.

25 janeiro 2022 > 10:30

A União Cultural, Desportiva e Recreativa de Guardizela foi fundada no dia 1 de julho de 1986 na freguesia que lhe dá nome. O clube começou por se dedicar ao futebol, mas há cerca de uma década o portefólio das modalidades engordou com a inclusão do golfe.

Nos dias que correm, esta modalidade já é o estandarte do clube. Por não estar enraizada nas práticas desportivas da cidade e até mesmo do país – há pouco mais de 15 000 atletas federados em Portugal –, o trabalho é mais difícil, mas os objetivos estão a ser cumpridos e o futuro é planeado com muitas doses de esperança. O Jornal de Guimarães esteve à conversa com o presidente Pedro Silva e com Filipe Pereira, secretário da direção.

É em Guardizela, a sul do concelho, que os vimaranenses podem encontrar o único campo de golfe da região. Dentro das fronteiras concelhias não há quem possa proporcionar as mesmas experiências que os extensos relvados do Guardizela Golf Club. Quando assumiu a presidência do clube, Pedro Silva queria incentivar a prática desportiva na região com a criação de uma escola de formação de golfe e contribuir para desmistificar a ideia de que este é um desporto para ricos.

“O golfe não é um desporto elitista: "No nosso clube não é”, afirma com convicção antes de explicar que os custos foram uma barreira eliminada: “Aqui a prática desportiva e a prática do golfe é acessível a qualquer um e os jovens não pagam, é gratuito”. Neste momento, o clube acolhe cerca de 60 atletas em escalões de formação, número que deverá quase triplicar no espaço temporal de um ano. Pedro Silva pretende chegar à marca dos 150 desportistas até ao início de 2023.

Para cumprir a meta de “ter o maior número possível de atletas na formação” é preciso dar a conhecer a  modalidade e o campo de golfe. As escolas têm sido essenciais nesta missão. Filipe Pereira, secretário da direção, admite que “isto vai demorar mais um bocadinho de tempo”, mas que o crescimento se faz a “incutir o desporto e a modalidade nos jovens”.

O desporto escolar é a chave para o futuro. O “grande objetivo” neste momento é “tornar o Guardizela Golf Club num centro de desporto escolar”. E, nas palavras do presidente, isto faz-se da seguinte maneira: “queremos fazer com que as escolas venham cá jogar e queremos ir às escolas e, para isso, vamos ter uma parceria com a Câmara e vamos ter o desporto escolar a funcionar aqui”.

A par de tudo isto, e da inauguração de mais três hectares de relvado no próximo mês de março, a UCDR de Guardizela pretende continuar a ser um clube de portas abertas à comunidade, incentivá-la à prática do golfe e fazer com que perceba que se trata de um desporto acessível que pode ser praticado por todos. Para aumentar a taxa de participação das mulheres no desporto, o clube formou uma turma composta por cerca de 30 atletas com idades compreendidas entre os 20 e os 50 anos; com regularidade são realizados torneios internos para que possam competir.

Para incentivar a população sénior a praticar desporto, o clube recebe o Centro Social de Guardizela duas vezes por semana. No resto do tempo, os jovens da formação aprendem a jogar golfe para “depois terem asas para voar”. Com tantas pessoas diferentes a pisar os relvados em Guardizela, o futuro parece risonho para Pedro Silva: “Estamos em velocidade cruzeiro. O trabalho que tem sido feito está a dar frutos, mas agora, no presente, e no futuro é que vamos ter o retorno”. Pela mão do Guardizela Golf Club, o golfe é uma realidade no panorama desportivo vimaranense.

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