É pela luta que se lá chega e o Vitória provou isso contra o Benfica
Sempre coeso e ligado ao jogo, o Vitória SC raramente deixou o SL Benfica criar perigo e justificou o nulo obtido. Os vitorianos são os primeiros a travar o líder. Bamba foi, novamente, um esteio.

Houve mais luta do que jogo no Vitória SC – SL Benfica e os conquistadores conseguiram equilibrar o jogo na grande parte da partida. Os conquistadores foram recompensados com um empate e foram os primeiros a travar o líder do campeonato. Num jogo sem oportunidades claras de golo, o Vitória fez da coesão a melhor arma para conseguir ficar com um ponto. Bamba foi um esteio atrás, na frente a irreverência de Nélson da Luz foi agitando.
Sem jogadas vistosas ou acutilância ofensiva, a primeira parte do 155.º jogo entre as equipas para o campeonato raramente teve jogo perto das balizas. O Vitória SC, embalado pela boa casa do Estádio D. Afonso Henriques, tinha em Jota Silva uma das novidades do onze e foi por intermédio do ex-Casa Pia que os conquistadores ameaçaram pela primeira vez. Logo aos 4’, o avançado arranca pela direita, enquadra-se e remata ao lado.
Foi preciso esperar para novo susto. O protagonista até foi o mesmo: Bamba baila perto da linha lateral, engana dois adversários, e cruza para Jota Silva cabecear ao primeiro poste (21’). Odysseas estava atento e segurou. O líder do campeonato tentava explorar a profundidade e foi depois de uma bola longa que criou a primeira e única chance dos primeiros 45 minutos. Rafa Silva bateu em velocidade a defensiva vitoriana, até conseguiu tirar Bruno Varela da baliza, mas pecou na definição.
Ao intervalo, tudo empatado. O Vitória SC dava boa conta de si. Moreno lançou Afonso Freitas e Jota Silva, num onze bastante jovem - Bamba e Amaro foram novamente titulares e mostravam segurança; Zé Carlos, adaptado a lateral, cumpria com à vontade a tarefa.
A segunda metade manteve a bitola. Sem ritmo vertiginoso e jogo mastigado, mudou somente a maior propensão ofensiva do SL Benfica. Que mesmo não causando lances de golo, sondava a área dos vitorianos. A equipa de Moreno estava claramente na expetativa e defendia no seu meio campo. Moreno tinha outras ideias e lançava Safira e Lameiras para render Jota e Anderson.
À entrada dos 70’, momento capital no jogo. No momento em que o Vitória se volta a ligar ao jogo, Safira surge isolado, tenta contornar Vlachodimos e embate com o guarda-redes das águias. Rui Costa – o árbitro – aponta para a marca dos 11 metros, mas acaba por reverter a decisão e marcar simulação após consultar o VAR.
Moreno mexia para agitar os últimos dez minutos e lançou Ogawa e Mikey Johnston. Até ao fim o jogo foi cerebral e nenhuma das equipas arriscou demasiado.
O Vitória segue em 9.º no campeonato, com 11 pontos. Na próxima jornada viaja até Paços de Ferreira.