A Hungria diz pouco ao Vitória. Antes do Puskás Académia, há apenas uma história para contar: em 87/88 os vimaranenses encontraram o Tatabánya em eliminatória europeia. Da terra do Cubo de Rubik, 34 anos depois e em estreia na Liga Conferência, o Vitória não teve dificuldade em resolver o quebra-cabeçaS e deu em casa um passo importante para ultrapassar o clube da cidade de Felcsút. Uma estreia para recordar, um golo do meio da rua e uma entrada contundente ajudam a contar a história de um triunfo por 3-0.

Dois meses depois do último jogo para o campeonato, uma boa casa de 14863 adeptos viu um Vitória com Moreno no banco empurrar os húngaros para trás nos primeiros 45 minutos europeus da época. Com três reforços de início — Ogawa, Jota Silva e André Silva —, o golo ainda apanhou vitorianos à procura do lugar. Aos 5', num lance de insistência, André Almeida e André Silva ganham bolas dentro de área, Jota serve Lameiras e o extremo remata tenso para o golo.

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O meio-campo vitoriano mexia-se ao ritmo dos rasgos de André Almeida. O jovem internacional português levava a equipa para a frente com arrancadas e o Vitória sondava a área dos húngaros constantemente. Os comandados por Moreno tentavam a meia distância e exploravam os corredores. Mas apesar do domínio, um minuto gelou o Afonso Henriques. Aos 35', o explosivo Baluta arrancou pela esquerda, cruzou e Lamin empurrou para a baliza de Varela. O lance acabou por ser anulado pela equipa de arbitragem: o avançado gambiano estava fora de jogo.

Tudo voltou ao normal quatro minutos depois. Altura em que Tiago Silva pergunta: ainda é cedo para o golo do ano? Após combinação na esquerda, Jota Silva progride, encontra o sempre solícito André Silva no meio, que faz uma achega para Tiago Silva, a 30 metros da baliza, rematar em crescendo. Estava feito o 2-0.

MAS QUE GRANDE GOLO 🥵#sporttvportugal #CONFERENCEnaSPORTTV #conferenceleague #ucl #vitoriasc #TiagoSilva pic.twitter.com/79HDHmL08b

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As equipas recolheram aos balneários pouco tempo depois. A bitola mudou ligeiramente no segundo tempo. O Vitória entrou mais macio, o Puskás mais intenso. E os húngaros mostraram logo mais disponibilidade nos primeiros minutos: o Vitória tremeu na defesa e os forasteiros por pouco não aproveitavam. Zahedi surge pela esquerda sozinho e remata para a primeira intervenção de Varela. À passagem da hora de jogo, a linha mais recuada dos conquistadores volta a ser protagonista. Uma falha de comunicação deixa Skribek frente a Varela, mas o avançado falhou a baliza.

Moreno sentia que a equipa precisava de argumentos diferentes e lançava novo reforço para dentro das quatro linhas. Anderson Silva salta para o lugar de um André Silva cansado e, em menos de um minuto e no primeiro toque na bola, o brasileiro ex-Famalicão faz logo golo. No lance esteve novamente Jota Silva a assistir para um remate cruzado sem hipótese para o guardião dos visitantes.

O Vitória SC leva uma vantagem de três golos à Hungria e está numa posição confortável para seguir em frente e defrontar os croatas do Hajduk Split. Mas primeiro tem de selar a passagem no Pancho Stadium. O jogo está marcado para a próxima quinta-feira, às 20h00.

Ficha de Jogo

VITÓRIA SC 3 – 0 PUSKÁS AKADÉMIA

Estádio D. Afonso Henriques (14863 espectadores)

VITÓRIA: Bruno Varela (C); Miguel Maga, Jorge Fernandes, Abdul Mumin e Ryoya Ogawa; Alfa Semedo, Tiago Silva e André Almeida; Jota Silva, Lameiras e André Silva | Jogaram ainda: Anderson Silva, André Amaro, Janvier e Dani Silva

PUSKÁS AKADÉMIA: Markek; Szolnoki (C), Stronati, Zsolt Nagy, Spandler; Mezghrani, Van Nieff, Tamás Kiss; Slagveer, Lamin, Baluta.