Descida evitada nos descontos: Pevidém ligado à máquina... de calcular
Empate em Montalegre (2-2) deixa uma réstia de esperança ao Pevidém. Precisa de uma conjugação de resultados pouco provável na última ronda em que recebe a Sanjoanense.

Quando o cronómetro assinalou o minuto noventa em Montalegre, no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, o Pevidém estava virtualmente relegado para o Campeonato de Portugal com a desvantagem por duas bolas a uma que ditava a descida de divisão.
Mas, o final do jogo foi de loucos com três golos nos últimos minutos, incerteza até ao final e as contas adiadas para a derradeira jornada. O Pevidém mantém uma réstia de esperança, mas está literalmente ligado à máquina. À máquina de calcular.
Terá de esperar por uma conjugação de resultados pouco provável na derradeira jornada, em que recebe a Sanjoanense, tendo de vencer esse jogo e esperar ainda que o Montalegre perca o seu jogo em São João de Ver.
Contas difíceis, mas que apenas se fazem graças ao golo de Vítor Hugo, passavam dois minutos para lá dos noventa. O Pevidém esteve em desvantagem por duas vezes, mas Duarte Moreira primeiro, aos 84 minutos, e Vítor Hugo depois, no tal golo para lá da hora, restabeleceram a igualdade. Um penálti pelo meio deu vantagem ao Montalegre.
O jogo tinha caráter decisivo e isso notou-se à flor da relva. Jogou-se com o coração e não com a cabeça, tal como a escaramuça final comprova. O Pevidém resistiu, resiste até ao fim, mesmo o destino parecendo não ser o mais favorável.
No final do jogo as dezenas de cavaleiros de São Jorge que se deslocaram a Montalegre apoiaram a equipa, com o presidente Rui Machado na frente da bancada. O único conjunto que não é profissional leva as contas até ao fim, até à última jornada.