Debate sobre o cartão do adepto no D. Afonso Henriques
Organizado pela Comissão do Centenário, o evento marcado para 29 de outubro tenciona exprimir “diferentes pontos de vista com um fim comum”, o da “defesa do futebol”.

O Estádio D. Afonso Henriques vai ser palco de um debate sobre o cartão do adepto, fenómeno que tem marcado o início da temporada 2021/22; o evento vai decorrer “simbolicamente” na bancada sul inferior, estando agendado para as 21h30 de 29 de outubro, uma sexta-feira, anunciou o Vitória. A iniciativa tem acesso é livre, mas limitado à capacidade do espaço, encontrando-se ainda disponível numa transmissão em direto via Facebook.
O debate vai reunir diretora executiva da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Helena Pires, com o presidente da Associação Portuguesa para o Combate da Violência no Desporto, Rodrigo Cavaleiro, e com o vice-presidente da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto, João Lobo, tendo a moderação de Emídio Guerreiro, antigo secretário de Estado da Juventude e do Desporto e também membro da comissão do centenário do Vitória.
Para o emblema preto e branco, a iniciativa vai permitir o confronto de “opiniões sobre um tema de grande atualidade” e a discussão de “problemas e soluções”, exprimindo “diferentes pontos de vista com um fim comum”, que é “a defesa do futebol, do desporto e da condição do adepto em Portugal”,
O cartão do adepto foi implementado na sequência das mais recentes alterações ao regime jurídico da segurança e combate ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos, publicadas em Diário da República a 11 de setembro de 2019.
O Vitória prometeu ainda realizar outros debates no âmbito das comemorações do centenário.
Em 26 de junho de 2020, a portaria que regula o cartão do adepto, definindo “as normas aplicáveis à requisição, emissão, funcionamento e utilização do cartão de acesso a zona com condições especiais de acesso e permanência de adeptos”, foi publicada em Diário da República, mas entrou em vigor na época 2021/22, face à pandemia.
O cartão do adepto pode ser requisitado por qualquer pessoa acima dos 16 anos, com a validade de três anos, mas até agora a adesão dos denominados grupos organizados de adeptos tem sido escassa.