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De manga comprida: as sweatshirts casuais que se inspiram no passado

Há cinco do Vitória SC em exposição.

23 julho 2022 > 15:00

De uma “paixão muito grande por futebol”, essencialmente “futebol antigo como uma filosofia de afirmação da classe trabalhadora” nasceu uma nova marca. Uma marca que, ao fim de contas, é mais do que isso. É um conceito concebido pelo vimaranense Paulo César Gonçalves, conceito esse que produz sweatshirts “inspiradas em camisolas icónicas do futebol mundial”. ‘De manga comprida’ é o nome da marca, que se inspira precisamente nas camisolas do passado, “camisolas que normalmente eram utilizadas a época toda, de malha grossa e manga comprida”. O mentor deste projeto tem noção que estamos perante um projeto de “nicho”, “diferenciado do mercado das camisolas retro”, algo já usual. Daí a aposta num conceito que considera único. No mercado – loja online através do Instagram – estão dezasseis modelos, onze da coleção geral e cinco de uma coleção especial afeta ao centenário do Vitória SC.

“Sou um apaixonado por futebol, na sua essência e não neste modelo algo desvirtuado de agora. Sou também apaixonado camisolas de futebol e quis fazer, no fundo, uma marca de sweatshirts casual contemporânea, mas inspirada em camisolas icónicas do futebol mundial”, aponta Paulo César Gonçalves. De Maradona a Johan Cruijff há espaço para a indumentária de vários nomes fortes da história do futebol mundial através de um produto que é feito de forma totalmente artesanal.

“As camisolas passam por uma fase de montagem, com a ideia de pegar no algodão e fazer uma camisola estruturada com o dorso e com as mangas. Depois de montada vai para uma modista, que faz as aplicações todas, seja colocar barras, as listras, as golas, com o meu desenho. A última parte do processo é a bordadeira, que faz o bordado da marca”, explica, acrescentando que aquilo que se pretende não são réplicas exatas, mas sim um produto com “liberdade artística” que se pode usar “em qualquer dia, e não só em dia de jogo”.

Paulo César Gonçalves estudou a história das camisolas, e estudou também os materiais a implantar. “A ideia é que isto seja um hobby: é um assunto pelo qual tenho foco, o futebol antigo, e para já é isto. Não queria muito que isto se viesse a massificar, porque perderia um pouco a essência”, revela.

Depois de expor a coleção em São Torcato, é possível apreciar – desde o dia 9 de julho – as camisolas em pleno Centro Histórico de Guimarães, no restaurante A Medieval, com cinco camisolas do Vitória SC, alusivas ao centenário do clube. “Um sítio que não é lógico”, como reconhece Paulo César Gonçalves, mas que acaba por ser “um bom local para expor de forma informal”, pelo menos um mês – até às Gualterianas – as referidas camisolas.

“Inicialmente pensei numa coleção geral, mas depois quis fazer camisolas do Vitória SC do meu tempo de ir ao estádio. Tenho uma camisola do Vitória SC em que junto três modelos numa só, porque acho muito bonito, e também uma inspirada no António Jesus, o meu jogador favorito em criança. São camisolas com elementos simples”, aponta.

Em standby estão outros modelos, os traços já saíram das mãos de Paulo César Gonçalves, que quer aumentar para cerca de três dezenas de modelos nos próximos tempos. Cada camisola tem o custo unitário de 40 euros. Pode apreciar os modelos existentes no Centro Histórico.

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