Da ânsia de voltar ao campo, o desejo de uma “entrada fortíssima” em 2022
Pepa quer canalizar a sede de regresso à competição para uma exibição plena de “agressividade” e “intensidade”, atributos essenciais para vencer um Gil Vicente com “dinâmicas bem assimiladas”.

O regresso do Vitória à competição dá-se 12 dias depois do último jogo, um empate amargo diante do Boavista. O palco desta segunda-feira é o Estádio Cidade de Barcelos e o adversário é o Gil Vicente. A preparação mais longa do que o habitual aguçou o apetite do Vitória pela disputa do embate que se segue, confessa Pepa. E essa ânsia de competir deve traduzir-se em “agressividade”, “intensidade” e golos que assegurem o regresso aos triunfos, sentencia.
“Queremos muito ir para dentro de campo, fazer um grande jogo e voltar às vitórias”, declarou o timoneiro vitoriano, na antevisão ao desafio que encerra a primeira volta da Liga Bwin, marcado para as 20h15. “Temos de mostrar uma agressividade no limite. Queremos uma entrada fortíssima em 2022, com os três pontos, um grande jogo e uma intensidade tremenda do primeiro ao último minuto. Desde o último jogo, temo-nos focado muito nisso. É o que nos vai dar pontos e consistência dentro de campo”.
O duelo com os galos será o primeiro do ano do centenário, para o qual Pepa já traçou um objetivo fundamental: estabilizar a ideia de jogo que o plantel trabalha. “Não queremos oscilar entre o muito bom e o muito mau. Isso tem de acabar. Temos de transferir o que fazemos nos treinos para os jogos. Não podemos andar no ‘sobe e desce’”, reitera.
Estabilidade: precisamente o trunfo do Gil
O treinador vitoriano espera “um jogo bom” e parte dessa expetativa deve-se ao Gil Vicente; a turma barcelense tem os mesmos 23 pontos da formação de Guimarães, estando imediatamente acima na tabela – é sétima – e venceu três dos últimos quatro compromissos para a Liga Bwin. Pepa diz que esses são os frutos da “estabilidade” com que os gilistas prepararam a época em curso: mantiveram o treinador Ricardo Soares e a maior parte do plantel.
“O que o Gil Vicente tem feito vem da estabilidade da época passada. Nota-se que é uma equipa com dinâmicas muito bem assimiladas. Isso é sinónimo do tempo que estão juntos”, descreve.
Os jogadores ao seu comando têm por isso de ser “competentes” e “concentrados”, atacando a baliza adversária sem qualquer tipo de “medo”, nem com a tentação de esperar que o “erro aconteça”, acrescentou o ‘timoneiro'
“É um jogo onde podemos subir na classificação. Temos de fazer acontecer. Se sofrermos um golo, temos de marcar dois ou três. Uma equipa que quer ganhar vai ter de se expor em alguns momentos”, perspetivou.
Apesar de reconhecer que é preciso trabalhar o “futuro”, nomeadamente na “potenciação de jogadores”, o treinador avisou que o plantel tem de se focar apenas em “fazer um grande jogo” diante do Gil Vicente, antes de pensar nos compromissos que se seguem, frente ao Portimonense, sexto classificado, em 17 de janeiro, e ao Estoril Praia, no dia 23.
Com Sacko, Abdul Mumin e Alfa Semedo indisponíveis, em virtude da presença na Taça das Nações Africanas, e Oscar Estupiñán ausente devido ao caso de infeção pelo novo coronavírus, Pepa valorizou a representação vitoriana na principal competição africana de seleções e mostrou-se confiante nas ‘soluções disponíveis’.