Conselho Vitoriano: presidente Miguel Salazar quer atitude próativa
Composto por elementos das listas concorrentes aos órgãos sociais nos últimos doze anos, o novo Conselho Vitoriano espera ser mais pró ativo . Está organizado por diferentes áreas de ação.

Miguel Salazar foi eleito o novo presidente do Conselho Vitoriano na sequência da primeira reunião deste órgão consultivo do Vitória SC, sucedendo assim no cargo a José Cotter. Na referida reunião foi ainda indicado Pedro Freitas como vice-presidente.
Em declarações ao Jornal de Guimarães, o novo presidente do Conselho Vitoriano refere que este órgão deve “assumir uma atitude de relativa pró-atividade, não se limitando a responder às solicitações dos Órgãos Sociais, antes tomando a iniciativa de os aconselhar, sempre que entender que o superior interesse do clube, e/ou dos seus adeptos”.
No entender de Miguel Salazar a “pluralidade” é uma das características deste Conselho Vitoriano, uma vez que agrega nomes de todas as diferentes listas candidatas, quer vencedoras quer derrotadas, dos últimos doze anos.
Para além de Miguel Salazar (presidente) e Pedro Freitas (vice-presidente), Fernando Ribeiro e Vasco Rodrigues são os secretários, enquanto Américo Correia, Carlos Alpoim, Cesár Machado, Cristina Cepa, Francisco Guise, José Gaspar Jordão e Pedro Ribeiro, assumiram as funções de vogais.
Veja as declarações de Miguel Salazar ao Jornal de Guimarães.
O que se pode esperar deste novo Conselho Vitoriano?
Aquilo que se pode esperar deste Conselho Vitoriano (CV) é o rigoroso cumprimento daquilo que são as suas funções estatutariamente previstas. Os Conselheiros são todos Vitorianos de reconhecido prestígio, com provas dadas de dedicação ao clube, com opiniões muito claras sobre aquilo que deve ser o Vitória, e pessoas com diferentes perspectivas daquilo que poderão ser os caminhos que hão-de levar o clube ao sucesso. A pluralidade é conseguida através do facto de eles serem oriundos de todas as diferentes listas (vencedoras e derrotadas) que se propuseram a eleições nos últimos 12 anos.
Procurou também dotar-se o CV de pessoas com (1) diferenciação profissional em áreas de interesse para este órgão, como a Jurídica, a Gestora e a Financeira, com (2) experiência de trabalho desenvolvido em Corpos Sociais e CV anteriores, e com (3) envolvimento de Vitorianos de diferentes escalões etários. Trata-se portanto de um grupo de Vitorianos que não poderia ser mais abrangente, na sua pluralidade de opinião, mas também nos seus conhecimentos e até na sua irreverência e experiência de vida. E, uma vez que a sua constituição foi feita sem qualquer interferência por parte dos órgãos dirigentes do Vitória, trata-se também de um grupo cuja isenção não deverá nunca ser posta em causa, uma vez que não tem qualquer tipo de vínculo que não seja o da defesa intransigente, e exclusiva, do superior interesse do clube e dos seus sócios. Claro que essa defesa será sempre feita dentro dos cânones do maior respeito e lealdade institucional, com todos os Órgãos Sociais do clube. Nem poderia ser de outra forma.
Que tipo de intervenção/organização pretendem implementar neste órgão consultivo?
O CV já ponderou sobre estes aspectos, e deliberou que irá tentar assumir uma atitude de uma relativa pro-actividade, não se limitando a responder às solicitações dos Órgãos Sociais, antes tomando a iniciativa de os aconselhar, sempre que entender que o superior interesse do clube, e/ou dos seus adeptos, possa estar em causa, e sempre que for da sua convicção que a sua opinião poderá ser benéfica para ajudar a resolver determinada situação que, pela sua gravidade, assim o possa aconselhar.
Em relação à nossa organização interna, para além das funções estatutariamente previstas (e já atribuídas), o CV já deliberou que irá atribuir diferentes áreas de acção aos seus elementos, com a intenção de agilizar o seu funcionamento. Essas áreas de acção não foram ainda determinadas, sendo este um dos assuntos que irá ser discutido numa das próximas reuniões do CV.
Acredita que pode ser um órgão com mais intervenção e capacidade de ajudar a liderança do clube?
O CV irá desenvolver todos os esforços nesse sentido, não podendo, no entanto, ultrapassar aquilo que são as suas funções previstas nos actuais estatutos. E assim continuará a ser enquanto que esses estatutos não forem alterados. A revisão estatutária é algo que se impõe há muitos anos, e que tem sido assunto constante de todas as últimas campanhas, incluindo a da actual Direcção. O CV também já discutiu esse assunto, tendo deliberado que irá colaborar, dentro das suas competências, naquilo para que for solicitado, nomeadamente pela Comissão de Revisão dos Estatutos (CRE), que urge voltar a formar e que, na Direcção anterior, já tinha desenvolvido algum trabalho. O CV entende que uma nova CRE poderá aproveitar o trabalho já desenvolvido, sem prejuízo da reformulação que entenda dever ser feita. Não podemos esquecer que, segundo a alínea D do artigo 38º dos nossos estatutos, é das atribuições do CV “aprovar os Regulamentos Internos do Clube que lhe sejam submetidos para esse efeito pela Direcção”.