Com artilharia superior ao Castêlo, Vitória está na final a quatro da Taça
Com mais poder de fogo e impulsão junto à rede, equipa feminina venceu por 3-0 perante bancadas bem compostas e vai marcar presença em Viana do Castelo, juntamente com a formação masculina.

O terceiro set estava a meio e as duas equipas estavam lado a lado: o Vitória vencia por 11-10. Apesar do equilíbrio, corria uma energia que parecia incapaz de derrubar as comandadas de Hélder Andrade e de colocar em causa um apuramento já encaminhado para a final four da Taça de Portugal.
O apoio das pouco mais de 200 pessoas que se deslocaram ao Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranense exalava um perfume dos tempos áureos da modalidade em Guimarães (primeira década do século XXI) e parecia canalizar um acréscimo de potência e agressividade para as ações vitorianas junto à rede. Num instante, a equipa de Hélder Andrade colocou-se a vencer por 15-10, não mais restando dúvidas sobre quem iria marcar viagem rumo ao Centro Cultural de Viana do Castelo.
Apesar de nem sempre precisa, a força vitoriana nos ataques e a autoridade em muitas das situações de bloco derrubaram de forma inapelável o Castêlo da Maia: 3-0 foi o resultado final, com parciais de 25-19, 25-21 e 25-17.
A turma preta e branca é assim uma das quatro que vai disputar a fase decisiva, tendo encontro marcado com o Sporting ou com o Clube Kairós, na meia-final agendada para as 21h00 de 18 de março.
O primeiro set foi aquele que os dois conjuntos ombrearam por mais tempo: com um side-out algo periclitante no arranque, o Vitória esteve em desvantagem até aos 4-3, valendo-se da potência dos remates de Samaret Carballo para virar o resultado com um parcial de 4-0: após fazer o 7-4, a equipa de Guimarães foi alternando a vantagem no marcador com o Castêlo, que tinha o mérito de direcionar os ataques para o interior da quadra, ao contrário das vitorianas, com alguns serviços e remates para fora – Manu Araújo esteve desinspirada neste capítulo, antes de melhorar no final do set.
Quando vencia por 18-17, a turma preta e branca melhorou decisivamente a fluidez dos ataques e a precisão dos ataques, variando entre os remates para o fundo da quadra e os amorties ao bloco maiato. A transformar a diferença mínima num 22-17, as conquistadoras embalaram de vez para o triunfo no primeiro set, consumada com um tiro de Manu Araújo refletido pelas maiatas para fora.
Esse ascendente explodiu no início do segundo parcial, a melhor fase vimaranense em todo o jogo: com Samaret Carballo, Manú Araújo e Jéssica Carriel a golpearem à vez a metade defendida pelo Castêlo da Maia, o Vitória alcançou uma vantagem de 10-1. A partir daí, as comandadas de Hélder Andrade geriram o resultado com maior ou menor controlo, apesar de terem visto as jogadoras de laranja e negro encurtarem a distância para dois pontos (21-19). Ainda assim, as jogadoras da casa recusaram qualquer veleidade nas últimas jogadas e fizeram o 2-0, num amortie de Jéssica.
Ganha a possibilidade de fechar o encontro, o Vitória evitou as oscilações que poderiam colocar em causa o apuramento e selou o triunfo pela margem máxima. A superioridade teórica das jogadoras de Hélder Andrade, face ao êxito sobre o Castêlo da Maia na Liga LIDL, confirmara-se.
A equipa feminina vai assim marcar presença na final a quatro da Taça de Portugal, à semelhança da equipa masculina. Os homens de João Santos entram em ação no dia 19, sábado, a partir das 15h00, diante da Fonte do Bastardo.
