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Chama paralímpica acende-se em Tóquio. Manuel Mendes corre no último dia

A 16.ª edição dos Jogos Paralímpicos arranca nesta sexta-feira, com a cerimónia de abertura. Manuel Mendes participa na maratona T46 a 05 de setembro, último dia do evento.

24 agosto 2021 > 09:00

Os Jogos Paralímpicos iniciaram-se em 1960, em Roma, com 400 atletas de 23 países. Seis décadas depois, na antecâmara da 16.ª edição, o evento conta com um número dez vezes superior de participantes - 4.403, um recorde.

A chama paralímpica reacende-se no Estádio Nacional de Tóquio durante a cerimónia de abertura marcada para as 20h00 locais (12h00 de Lisboa), com 163 comitivas a desfilarem pelo anfiteatro. A equipa de atletas refugiados abre um momento que será encerrado pela França, anfitriã da próxima edição – Paris 2024 – e pelo Japão. Refira-se que a cidade de Tóquio vai ser a primeira a acolher por duas vezes os Jogos Paralímpicos, depois de o ter feito em 1964.

Na ordem de entrada para o Estádio Nacional, Portugal é o 133.º país. Miguel Monteiro, lançador do peso, e Beatriz Monteiro, que tem 15 anos e joga badminton, modalidade em estreia a par do taekwondo, serão os porta-estandartes lusos.

Apesar da comitiva portuguesa ter 33 elementos, deverá estar representada na cerimónia por 24, fruto das restrições associadas à pandemia. Em Tóquio, Guimarães estará representada por Manuel Mendes, medalha de bronze no Rio de Janeiro, face ao terceiro lugar na maratona T46, reservada a atletas com amputação parcial ou total do braço.

 

A promessa de estar ao “melhor nível”

O vimaranense de 50 anos é um dos 12 fundistas que vai participar na maratona agendada para o último dia do evento, a partir das 06h50 no Japão (22h50 de 04 de setembro, em Portugal).

Manuel Mendes é o atleta mais velho em prova e enfrenta agora uma competição que não tinha no Rio de Janeiro. À partida para Tóquio, tem a 11.ª marca pessoal entre os competidores, com 2h36m34, a quase 18 minutos do australiano Michael Roeger, detentor do melhor registo.

Ainda assim, o representante de Guimarães nos Jogos Paralímpicos diz ter-se preparado para a corrida “dentro da normalidade e de forma regular”, com o intuito de apresentar a melhor performance possível.

“Pretendo fa­zer uma boa preparação e apre­sentar-me ao melhor nível possí­vel em Tóquio, sabendo que, na minha categoria, têm aparecido atletas muitos valiosos e, dessa forma, só há um caminho, que é estar ao meu melhor nível. Essa é a única promessa que posso fa­zer”, referiu ao Jornal de Guimarães, ainda em julho.

Manuel Mendes projeta o futuro ainda antes de correr em Tóquio e define um objetivo final: terminar a carreira em Paris, nos Jogos Paralímpicos de 2024, embora avise estar preparado para “todos os cenários”. “Já não tenho 20 anos e, nesse contexto, a recu­peração começa a não ser tão rá­pida e eficiente como eu gostava que fosse”, vinca.

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