skipToMain

Cardoso: “almofada financeira” sustenta aposta na diversidade a recrutar

Apostas em futebolistas a “baixo custo” do mercado português ou em “talento” estrangeiro, fruto de parcerias, são eixos do programa da lista A, que promete gestão financeira com “riscos controlados”.

17 fevereiro 2022 > 09:00

As contas do Vitória SC – clube e SAD – prometem ser um dos assuntos mais discutidos no trajeto rumo às eleições de 05 de março, e constam igualmente do programa da candidatura Mais Vitória, liderada por António Miguel Cardoso.

Segundo nome mais votado em 2019, atrás de Miguel Pinto Lisboa, o empresário recandidata-se à presidência vitoriana com a promessa de “angariar mais parceiros ou investidores de negócio”, estando desde já assegurada “uma almofada financeira para os compromissos imediatos”, reitera o programa da lista A; no final da época 2020/21, a SAD apresentou um resultado líquido negativo de 8,2 milhões e detinha um passivo de 61,7 milhões.

Quanto ao eixo financeiro, um dos seis que constituem o documento, a candidatura tenciona ainda “diversificar as fontes de obtenção de receita” e “criar maior envolvência com o tecido empresarial da região”. A partir daí, António Miguel Cardoso compromete-se a “realizar imediatamente uma auditoria às contas da SAD”, a prestar informação sobre as transferências de jogadores, segundo o exemplo das “obrigações e boas práticas das Sociedades Anónimas Desportivas cotadas” e apresentar o relatório e contas da SAD nas assembleias-gerais do clube.

A lista A defende ainda uma “gestão com riscos controlados”, sem “nunca colocar em causa as ambições desportivas de manter equipas profissionais vencedoras”, quer “equilibrando os resultados operacionais”, quer controlando a “massa salarial do futebol profissional” segundo “as regras do fair-play financeiro recomendadas pela UEFA”.

A partir dessa arquitetura financeira, a candidatura Mais Vitória promete constituir uma “estrutura profissionalizada”, com presidente e administração da SAD à cabeça, seguida pelo diretor desportivo, pelo team manager, pela equipa de scouting e pela coordenação da formação.

Essa estrutura deve sustentar uma política para o futebol profissional e de formação que passa pela redução do “número de jogadores do plantel principal” e pela “total independência” face a “interesses de agentes” e pela avaliação anual do desempenho do diretor desportivo.

O recrutamento de atletas para o futebol profissional inclui “jogadores jovens com cláusulas de rescisão elevadas”, “jogadores conhecedores do futebol português a baixo custo”, da Liga Bwin à Liga 3, e parcerias; podem ser internacionais, para aproveitar “talento” desperdiçado por “clubes internacionais de referência”, ou regionais e locais, para “intercâmbio de atletas”.

Com base nessas premissas, o programa afirma a “grande importância da Taça de Portugal e da Taça da Liga”, com vista ao aumento do palmarés do Vitória.

Além do reforço da aposta no futebol feminino, António Miguel Cardoso o aumento do “número de praticantes dos Afonsinhos” e o “desenvolvimento integrado dos atletas”.

 

Museu, megastore e Convenção Vitoriana

Ainda a nível competitivo, a lista A tenciona “manter as modalidades existentes”, “implementar parcerias com equipas de nível internacional”, estender a marca Afonsinhos a todas os desportos sob a alçada do Vitória e “cultivar” uma “identidade coletiva entre todos os atletas do clube”.

No caso específico da natação, a equipa de António Miguel Cardoso promete analisar a reabertura da piscina dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, encerrada no mandato prestes a terminar. Mas o programa para as infraestruturas contempla igualmente a criação de “novos espaços desportivos” em parceria com a Câmara Municipal, a análise da nova academia e a reformulação do Estádio D. Afonso Henriques, com um estudo para a abertura de novos camarotes, a melhoria das boxes que já existem, a oferta de visitas guiadas pelo recinto e a criação de um museu interativo.

Ainda nesse eixo, a lista A pretende criar uma megastore do clube, sem especificar o local, e instalar um bar de apoio à academia em funcionamento.

Quanto à política para associados, a candidatura Mais Vitória tenciona iniciar a Convenção Vitoriana, instalar a fan zone nos dias de jogos no Estádio D. Afonso Henriques, promover “protocolos de cooperação com os grupos de apoio organizado ao Vitória”, criar o Conselho da Juventude e a figura Embaixador Vitória, bem como “nomear uma comissão de revisão dos estatutos”.

Um último eixo – VSC 2030 – prevê iniciativas como campanhas de solidariedade social, campos de férias e o projeto Família Vitória, para “acolhimento temporário por vitorianos”.

Tópicos

Subscreva a newsletter Tempo de Jogo

Fique a par de todas as novidades

Opinião Desportiva

Multimédia

Podcast