Candoso depende dos “pontos” dos outros, mas primeiro estão os seus
Equipa de Guimarães precisa de vencer lanterna-vermelha Nun’Álvares e de escorregadelas de Portimonense ou de Viseu 2001 para se manter na Liga Placard. Treinador promete jogadores “motivadíssimos”.

As contas são fáceis de fazer, mas não dependem apenas do Clube Recreativo de Candoso para consumarem a permanência vimaranense na elite do futsal português: 11.ª classificada, com 25 pontos, a equipa que veste de amarelo precisa de subir um lugar para evitar a descida. Se vencer o 14.º e último classificado Nun’Álvares, pode fazê-lo à custa do Viseu 2001, que é 10.º, com 26, e recebe o Leões de Porto Salvo, ou do Portimonense, nono, com 27, que termina o campeonato no pavilhão do Futsal Azeméis.
As três equipas na luta pela permanência disputam a 26.ª jornada da Liga Placard às 17h00 deste sábado, mas o treinador Henrique Passos sabe que, acima de tudo, os homens de São Martinho de Candoso precisam de vencer o seu jogo. “Dependemos das outras equipas não obterem pontos. Mas primeiro temos de fazer os nossos. Se fizermos os nossos, estamos mais perto do nosso objetivo”, proferiu, na antevisão à receção ao lanterna-vermelha, já despromovido.
Convencido de que “não há jogos fáceis”, o timoneiro prometeu os jogadores “motivadíssimos” para contornarem as “dificuldades” apresentadas pelo Nun’Álvares, conjunto “nada tem a decidir, nem a perder”. “Se tivesse no lugar deles, vinha com a atitude de querer ganhar o jogo (…). Vamos fazer tudo por tudo para ganhar, sem nos preocuparmos se o Nun’Álvares vem para fazer um bom resultado”, prosseguiu.
O Candoso protagonizou uma segunda volta em inferior à primeira – oito pontos, sem qualquer triunfo no ano civil de 2022, após os 17 da metade inicial -, e o timoneiro reconheceu que a equipa deveria ter jogado melhor e ter sido mais “eficaz”, pese a infelicidade no jogo com a Quinta dos Lombos, em que sofreu o empate nos instantes finais. “Contra o Quinta dos Lombos, pela segunda parte que fizemos, merecíamos a vitória. Isso condicionou-nos para este último jogo do campeonato. Não dependemos de nós”, lembrou.
Henrique Passos pediu ainda aos seus jogadores para “pensarem positivo”, algo que Julinho, o jogador presente na antevisão, também quer exprimir. Certo de a que a “segunda volta foi bastante fraca em comparação com a primeira”, quer pela interrupção competitiva do campeonato da Europa de futsal, vencido por Portugal, em fevereiro, quer pelas lesões, Julinho assinalou a “falta de sorte” no jogo com a Quinta dos Lombos, mas também a vontade do Candoso em alcançar a permanência.
“O Nun’Álvares está mais a desfrutar do que a jogar por um objetivo, mas todas as equipas hoje em dia, na Liga Placard, entram para ganhar, para se divertir. Fez uma segunda volta muito melhor do que a primeira. A Liga Placard está muito mais competitiva, mas estamos aqui para responder e atingir os três pontos para o objetivo do Candoso”, antecipou.