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Campeão regional de bodyboard, Eduardo sonha ir na onda do mundial

O "bichinho" pela prancha surgiu em tenra idade, mas só se transformou em competição a sério a partir de 2018. Campeão sub-16 em maio, o jovem de Lordelo ambiciona dominar ondas ainda mais altas.

25 junho 2022 > 12:00

O primeiro contacto deu-se “em miúdo”, mas o “bichinho” pelo mar teve de esperar até 2017 para se agigantar: em Vila do Conde, anfiteatro habitual das férias de verão, frequentou uma escola de surf e recebeu um convite para representar o Fluvial Vilacondense. Inseparável da prancha desde então, Eduardo Macedo realizou as primeiras competições de bodyboard em 2018, iniciando uma trajetória que o levou à crista da onda a 01 de maio de 2022: foi o dia em que se sagrou campeão regional do Norte no escalão sub-16.

Consumado nas águas da Figueira da Foz, esse feito pertence não a um jovem que percorre diariamente a costa, mas a um atleta de Lordelo, vila de Guimarães banhada pelo rio Vizela e por dezenas de indústrias. “No início, nem estava muito voltado para competir. Mas vi que conseguia algumas coisinhas e ganhei o bichinho pelos treinos. A partir daí é que disse: quero isto”, confessa ao Jornal de Guimarães o agora bodyboarder do Naval Povoense.

O título foi o desfecho saboroso de um campeonato a quatro, marcado pela luta renhida com João Barros, o outro representante poveiro. O colega de equipa venceu a etapa de março, na Aguçadora, mas o vimaranense respondeu com um triunfo na Costa Nova, em Ílhavo, antes de voltar a ser melhor na Figueira da Foz: foi segundo classificado e João Barros terceiro. “Ficámos empatados. Como fiquei duas vezes à frente dele, ganhei no confronto direto e fui campeão”, esclarece.

Eduardo Macedo recorda com carinho o fim de semana passado na Costa Nova, a 15 e 16 de abril: num desporto em que as manobras são avaliadas de 0 a 10, o atleta de Lordelo conseguiu 9,80 pontos numa das ondas. “A pontuação depende do tamanho da onda, da qualidade da manobra e da quantidade de vezes que a faço”, especifica.

E há estilos diferentes para cada atleta se afirmar; no seu caso, por exemplo, gira melhor para a esquerda do que para a direita. “Há pessoas que em certas manobras só colocam o joelho. Há outras que usam mais o peito para fazerem um 360 [rotação completa]. Algumas conseguem-se virar para trás ao fazerem um ARS [rotação vertical em pleno ar]”, detalha.

Presente no campeonato regional do Sul, a 11 e 12 de junho, para preparar o nacional ainda sem data marcada, o bodyboarder sonha com o circuito mundial, algo que se pode materializar em setembro. “Estamos a ver se vai fazer a etapa deste ano, cá em Sintra, na primeira semana de setembro. Estamos a esforçar-nos para o levar”, adianta o pai, Miguel Macedo, enquanto acompanha a conversa.

 

“Nunca fica por menos de 800 euros”

Dispensado das aulas à tarde para poder treinar, Eduardo tem uma vida desportiva que acarreta custos com deslocações e não só. Também o equipamento é caro e sujeito a estragos na agitação marítima. “Ainda na semana passada, foi um fato para compor. Encostou-se a um penedo, o mexilhão cortou-o e foi para compor”, esclarece Miguel. Ao pensar no fato, nas pranchas e nas barbatanas, desenha-se uma estimativa imediata dos gastos anuais. “Nunca fica por menos de 800 euros. Nem faço contas às deslocações. O clube paga viagens e estadias”, refere, mostrando-se grato aos patrocinadores.

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