Dias depois do fim da época 2021/22, Bruno Varela fez uma breve radiografia aos dois anos que já leva no Vitória SC, considerando-os os melhores da carreira pela “estabilidade” com que jogou: cumpriu 33 partidas em 2020/21 e 29 na temporada recém-concluída, depois de, nas épocas 2018/19 e 2019/20, ter realizado apenas cinco, pelo Ajax (Países Baixos).

“Encontrei aquele ponto da maturidade. Foram duas épocas consecutivas a jogar sempre, se bem que, nesta, não joguei tanto como na época passada. (…) Até agora nunca tinha estado dois jogos seguidos numa equipa e consegui-o agora. Isso vem muito da estabilidade e consegui fazer com que a minha qualidade viesse ao de cima”, disse esta quarta-feira, no programa Futebol Total, do Canal 11.

Rendido por Matous Trmal no início da última temporada, após ter-se lesionado no fim de 2020/21, Bruno Varela admitiu que “foi difícil voltar à equipa”, até porque, com o checo na baliza, o Vitória sofreu apenas três golos para o campeonato. A entrada para a Taça da Liga, com o Sporting da Covilhã, levou, no entanto, Pepa a julgar que ele poderia “acrescentar algo à equipa”.

Quando deixou de jogar, o guarda-redes ficou “insatisfeito”, até porque, a seu ver, é impossível haver jogadores satisfeitos que não joguem, mas continuou a dar o máximo nos treinos.

“Jogando ou não jogando, a mentalidade e a postura têm de ser sempre as mesmas. Não acredito num jogador que não jogue e está contente. Isso, para mim, não existe. Quando não jogamos, temos de estar insatisfeitos e trabalhar”, esclareceu.

Convencido de que um guarda-redes atinge, por norma, “o ponto de maturidade aos 27, 28 ou 29 anos”, Bruno Varela enalteceu guarda-redes como Donnarumma (Paris Saint-Germain) e Diogo Costa (FC Porto) por atingirem uma “maturidade muito grande” mais cedo.