Bruno Duarte e Estupiñán? Pepa vê opção como “válida”, mas falta Herculano
A dupla de avançados foi crucial em Paços, mas o grande “contra” à utilização no onze inicial é a falta de opções para o banco, devido à lesão de Herculano. De resto, técnico quer Vitória “paciente”.

No último fim de semana, o Vitória perdia por 1-0 ao intervalo da visita a Paços de Ferreira, mas tudo mudou com as alterações realizadas ao intervalo: Sacko rendeu João Ferreira na lateral direita e Oscar Estupinán substituiu Tomás Händel para se instalar no eixo do ataque ao lado de Bruno Duarte; os dianteiros apontaram os golos da reviravolta. Perante o rendimento que alcançaram no jogo anterior, Pepa admite que os dois avançados é “um plano B bem identificado”, mas lembra que a sua adoção no onze inicial deixa o Vitória sem pontas de lança suplentes.
“Não é a primeira vez que funciona bem quando o Bruno e o Oscar estão juntos. Mas, jogando sem os dois, ficamos sem ponta de lança no banco. É um plano ‘b’ que está identificado. Quando mais for utilizado, mais fica entranhado. É uma opção muito válida, mas temos o Herculano lesionado e não temos mais nenhum ponta de lança”, disse, na antevisão ao desafio com o Tondela, referente à 14.ª jornada da Liga Bwin, marcado para as 18h00 deste sábado
Ao fazer a ponte de um embate frente a um oponente que treinou entre 2019 e 2021 para outro em que vai defrontar o clube que orientou de 2016 a 2019, Pepa lembrou que o objetivo do próximo jogo, além de vencer, é “estender o domínio por mais tempo”. Na Capital do Móvel, a exibição vimaranense “não oscilou muito”, mas houve 15 a 20 minutos negativos na primeira parte. “Tivemos uma entrada muito forte no jogo, criámos oportunidades e jogámos muito no meio-campo do Paços. Depois tivemos 15 minutos em que deixámos de dominar”, realçou.
Para sábado, um dos condimentos em que os vitorianos devem apostar é a “paciência”, acrescentou o timoneiro. O Tondela é uma equipa “organizada e compacta”, com “bons processos de jogo”, “critério” e uma tranquilidade que resulta do 10.º lugar que ocupa na tabela, com menos um jogo disputado, e da manutenção da equipa técnica liderada por Pako Ayestarán face à época 2020/21.
“Precisamos de um jogo de muita paciência. É uma equipa que dá pouca presença entre linhas. Precisamos de muita presença na área. Lembro-me do Rafa [Soares] a rematar dentro da área. Precisamos dessa presença. Precisamos de traduzir volume ofensivo em golos”, disse.
Pepa desvalorizou ainda o impacto da covid-19 no encontro, após um surto do novo coronavírus ter obrigado os auriverdes a um período de isolamento, sem treinos conjuntos, no início de dezembro.
“Se fosse há 20 ou 30 anos atrás, notava-se a diferença. Agora não é o caso. Na primeira jornada da época passada, o jogo entre o Sporting e o Gil Vicente foi adiado, e o primeiro jogo do Sporting foi em Paços. Não se notou nada [o Sporting venceu por 2-0]. São coisas difíceis, mas ao mesmo tempo fáceis de ultrapassar. Temos de saber lidar com isto. Não vejo limitação nenhuma por parte do Tondela”, reiterou.