O treinador vitoriano tinha pedido à equipa para se libertar em campo, após o desaire frente ao lanterna-vermelha Nacional, e, no seu entender, fê-lo com sucesso no dérbi com o Moreirense, em conformidade com o resultado favorável de 2-0. “Foi uma exibição segura. Era muito importante darmos uma resposta num jogo difícil, contra um adversário direto nesta luta pelos lugares europeus, muito consolidado nos seus processos”, realçou Bino Maçães na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, palco do jogo desta tarde. “Fizemos uma exibição segura na primeira parte, com muita qualidade aqui e ali”, assinalou.

O timoneiro reconheceu que o facto de a turma preta e branca se ter adiantado no marcador foi crucial para os jogadores sentirem mais “conforto” e fazerem uma segunda parte de “gestão”, não se “expondo tanto”.  “Temos visto as dificuldades de vencer jogos nesta fase do campeonato. Quem marca primeiro geralmente ganha, porque as equipas fecham-se mais. É precisa muita qualidade na organização ofensiva para se marcar. Com o Nacional, tivemos 65% de posse de bola e não conseguimos nada”, lembrou.

Convicto de que os jogadores têm demonstrado “grande entrega e vontade” em inverter os habituais resultados negativos da segunda volta – nove derrotas em 13 partidas -, Bino Maçães deseja que a “estabilidade” demonstrada hoje reapareça no Algarve, diante do Farense, em partida da 31.ª jornada agendada para as 20:30 de 06 de maio, uma quinta-feira.

Questionado ainda sobre as alterações operadas na equipa titular – Suliman, Gideon Mensah e Rochinha foram as novidades – e também sobre a substituição madrugadora de Rochinha, aos 58 minutos, o treinador adiantou que as opções respeitam às questões físicas do plantel, fruto da “densidade de jogos” da reta final, mas também como “mensagem de que confia em todos para os próximos desafios. “Vamos estar atentos a quem nos dá melhores indicações para o jogo seguinte, em Faro”, disse.