O primeiro quarto do embate entre Vitória e Sporting, em Lisboa, foi a história de um fosso que se avolumou sem freio até soar a buzina para a primeira interrupção; quando o cronómetro ditou o fim do período inaugural, os leões venciam por 34-10. O encontro da oitava jornada da Liga Betclic masculina estava sentenciado apesar dos 30 minutos para jogar.

A turma de Carlos Fechas apresentou-se no pavilhão João Rocha com um registo de seis derrotas em sete encontros e nunca deu sequer a impressão de poder incomodar o campeão em título: faltou aos homens de Guimarães engenho para desmontarem a retaguarda verde e branca a agressividade para protegerem o cesto dos lançamentos, das incursões ou da circulação de bola do adversário.

A margem entre as equipas estabilizou no segundo período (61-34 ao intervalo) e no terceiro (77-50), antes do Sporting beneficiar de algumas perdas de bola na forma como armou os ataques para dilatar a vantagem até aos 37 pontos (99-62).

O resultado final espelha a diferença na eficácia de lançamentos de campo: 50% para os lisboetas e 30,3% para os vimaranenses. DeAngelo Stewart foi o vitoriano que mais se evidenciou, com 17 pontos e sete ressaltos, num duelo em que o jogador mais valioso (MVP) em campo foi Travante Williams, com 20 pontos. Com o resultado deste sábado, o Vitória mantém provisoriamente o nono lugar entre 12 equipas, com nove pontos – um triunfo e sete desaires.

Carlos Fechas: “Esperamos recuperar os nossos lesionados para sermos competitivos”

O treinador do Vitória reconheceu, no final, que a estratégia de “alternâncias defensivas” não resultou da “melhor forma”, tendo permitido “muitas segundas bolas” e “lançamentos abertos” ao Sporting, que, a seu ver “mostrou grande eficácia” na primeira parte.

Convicto de que os seus pupilos “equilibraram o jogo” ao intervalo, mostrando-se “mais agressivos”, Carlos Fechas lamentou as “várias lesões” que têm afetado o plantel no arranque do campeonato 2021/22.

“Temos tido bastantes lesões. Há jogadores que nem sequer participaram no campeonato. Os meus jogadores têm tentado e trabalham diariamente para darem o melhor pelo clube. Em vários jogos, temos sido superiores às equipas adversárias e não temos sabido fechar o jogo. Esperamos recuperar os nossos lesionados para sermos competitivos como nos últimos dois anos”, vincou, em declarações à Sporting TV.

Já o base Carlos Cardoso reconheceu que a equipa leonina foi “melhor”, mas disse ter confiança no “potencial” do plantel do Vitória para “limar arestas” durante a paragem e melhorar no que resta da época.