A Associação Vitória Sempre (AVS) emitiu este sábado um comunicado no qual se insurge contra o livro de Filosofia de 10.ª ano Ágora, da Porto Editora, em que, segundo a AVS, “ aproveitam o caso Marega para moldar opiniões e formar (ou será forjar?) mentalidades”.

No referido livro, que tem como autores Susana Teles de Sousa, Isabel Pinto Ribeiro e Rui Areal, é dado o exemplo do caso Marega num caso prático de subjetivismo, sendo transcrito na íntegra o comentário de Bento Rodrigues, na SIC, que gerou polémica.

“Será que há uma campanha no Ministério da Educação para fazer dos vitorianos racistas? (...)Será que não há subjectivismo nas facadas do Dragão, no Very-light do Jamor, no adepto atropelado, ou nas constantes cargas policiais que os vitorianos são alvo?”, questiona a associação.

Face ao exposto, a AVS pede à direção do Vitória SC que “instaure uma providência cautelar impedindo que o respetivo livro seja alvo de estudo nas escolas”, e que “instaure uma queixa-crime por difamação aos autores”.

No comunicado é ainda solicitado que a honra do clube seja defendida também pela autarquia e pelos deputados vimaranenses na Assembleia da República. “Os vitorianos e vimaranenses são boa gente. São gente trabalhadora. Jamais admitirão ser objectos de estudo ou tubos de ensaio para quem quer fazer prevalecer pontos de vista erróneos, distorcidos e ofensivos. Não admitimos ser tratados como uma criatura do zoológico, sem respeito, como exemplo a não seguir...e isso vai além do Vitória!”, pode ler-se a finalizar a missiva.