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Atualidade vitoriana – Alerta

Guimarães, levanta-te! Vitorianos vimaranenses e não-vimaranenses, juntem-se, e façam ver ao “futebol português” que o Vitória merece ser respeitado e acarinhado por todos os que gostam deste jogo.

16 setembro 2022 > 00:00

Os últimos acontecimentos nos jogos em que o Vitória Sport Clube participou, nesta e nas épocas anteriores, faz-me parar na reflexão que tenho feito nestas crónicas. Sinto a necessidade de desabafar o quanto me faz doer a perceção que se coloca diante do meu olhar e do meu pensamento quanto a estes mesmos acontecimentos. Refletir sobre o jogo e o desporto, os seus valores e a sua mais-valia para a humanidade enquanto indivíduo e comunidade, e presenciar a aldrabice do futebol português, é revoltante. É um grito de alerta para a família vitoriana (à qual me orgulho pertencer desde sempre e como sócio há 42 anos) perante a sub-reptícia manobra contra a sua magnífica massa adepta, contra o grandioso e magnifico clube e instituição vimaranense, que é o Vitória Sport Clube, e contra a cidade que é a sua identidade (mesmo percebendo, e querendo, e crendo eu, que o Vitória é hoje maior que Guimarães).

Os episódios repetem-se desde há muitos anos, e de sobremaneira quando no distrito do Porto o Vitória jogava, a polícia (PSP e GNR) apresentavam-se com uma presença musculada e agressiva, como pronunciando o perigo da tribo vitoriana, qual cavalgada mongol em busca de violência e desacato. Quantas vezes vimos a mesma autoridade a carregar em idosos, crianças e senhoras, indiscriminadamente, justificando com a sempre proclamada “segurança”. A mesma que esteve ausente, em Agosto último, quando uma suposta claque de um clube de Lisboa (No Name Boys) acompanhou os vândalos da Croácia do Hajduk Split, permitindo que lançassem o terror e o pânico em pleno coração da nossa bela cidade de Guimarães! Bem se atarefaram a telefonar para as mesmas autoridades, agora no distrito de Braga, os comerciantes e as pessoas que se encontravam a descansar numa noite de verão nas esplanadas do Centro Histórico. Infrutífero, é como classificou a comunicação social estas mesmas chamadas para uma autoridade que se encontrava ausente – “não sendo visível qualquer acompanhamento policial”. Tudo gente mal referenciada no futebol, e as autoridades – todas – estavam demissionárias nesta noite. Onde estavam?! A resposta dos que “promovem a segurança” foi o silêncio e a minimização dos acontecimentos – “um pequeno incidente sem quaisquer consequências ou danos físicos e patrimoniais”. Os mesmos que num jogo calmo e sereno entraram na Bancada Neno de armas apontadas aos adeptos do Vitória Sport Clube. Que significa tudo isto?!

Mas não podemos ficar por aqui…!!! Lembram-se da farsa do “Caso Marega”, aproveitado ao máximo pelo clube da cidade do Porto que jogava contra nós?! Estava difícil o resultado nesse dia, eles estavam a ganhar, mas nada era dado como adquirido – tando podiam ganhar eles como nós. Marega está zangado; queria um tratamento VIP dos adeptos do clube a quem ele devia o seu regresso ao futebol ao mais alto nível…Vai a sair do campo, e manhosamente, como é típico destes ditos “grandes”, mandaram-no ficar em campo e simularam um ataque de racismo – isto em tempos do politicamente correto. Oh magna culpa! Eis que o pecado mortal e o pecador estão encontrados: os adeptos do único clube português que com eles podem competir em número e paixão clubística (contudo, a nossa é bem maior; somos só Vitória e não somos das vitórias). O coro das virgens ofendidas da comunicação social, que serve preferencialmente (para não dizer exclusivamente) os “3 grandes”, fizeram um chorrilho do pior, que levou uma lamentável advogada a apelidar os adeptos vitorianos de nazis. Este mesmo coro virginal, que se fossem os ditos tais, estaria em alvoroço se o Yago fosse jogador do Vitória e fuzilasse os adeptos das “vitórias” dos ditos “grandes”, e acusariam o Yago do piorio, condenando-o a sofrer uma rajada de multas (21 €!? Ridículo) de socio-psicopata, alvo de processos e de arrasamento ético, concluindo pelo apelo à sua expulsão do mundo profissional do futebol. Ricardo Baixinho, de nome e de qualidade, é conivente com esta triste realidade, e Yago, percebendo o ambiente lamentável, apela à defesa dos colegas de equipa – “tive uma reação aos racistas que cuspiram e xingaram de forma preconceituosa meus colegas de equipa”. Eis a fórmula mágica – os vitorianos, os adeptos mais extraordinários do futebol português, são os racistas. O jornal O Jogo, no dia seguinte escrevia: “Apoio. Minhotos deram espetáculo – Mais de dois mil adeptos (…) marcaram presença (…) e deram um verdadeiro espetáculo, (…) apoiando a equipa constantemente”. Quem como nós, sempre apoiar, nas vitórias e nas derrotas, o clube que “meu pai me disse quando era pequenino – apoia o clube da tua cidade”?! E, por último, cai o véu do silêncio sobre este lamentável comportamento de um profissional de futebol. Que se passa?! Ninguém fala? Nem faz programa ou põe pivôs de televisão a dizerem “cobras e lagartos” deste senhor? Ninguém percebe, eu não consigo inteligir, a falta de indignação dos do costume … Onde estão as virgens ofendidas!?

O jogo último, com os vizinhos daqui do lado, que nunca terão adeptos como nós (como me lembro dos primeiros tempos do seu atual presidente, ameaçando os seus sócios e a sua cidade com a deslocação do seu “arraial minhoto” para as terras do Conquistador, pois os seus ditos adeptos são uma sombra muito negra dos adeptos excecionais do Vitória Sport Clube), e mesmo que reconheça que futebolisticamente são, hodiernamente, superiores ao glorioso Vitória Sport Clube, também afirmo que estão a “anos-luz” da grandeza e da história do Conquistador. E em termos de massa adepta eles sabem, melhor que ninguém, que não há adeptos como nós. O critério inequitativo na aplicação das regras de jogo e de bom senso, e um campo completamente inclinado, o tratamento dado aos nossos adeptos, antes, durante e depois do jogo, pelas autoridades e pela comunicação social (ao serviço dos “3 grandes”), demonstram à saciedade o projeto malévolo que pretende colocar o clube da cidade vizinha no lugar de “4º grande”, e prejudicar o clube dos Conquistadores na sua mais-valia: os seus ADEPTOS. Pois, eles sabem (os ditos “grandes) que o valor maior dos Conquistadores somos nós, os que são e que sempre serão do Vitória e nunca das vitórias (mesmo que queiram ganhar todos os jogos), e é que por isso em Guimarães nunca “jogaram ou jogarão em casa”. Porquê? Porque AQUI É SÓ VITÓRIA! O Braga é como o Boavista, podem ganhar um título ou outro, mas mais ano menos ano será colocado no seu lugar: um clube sem adeptos verdadeiramente apaixonados, ou um clube de uma avenida, que serão sempre como estrelas cadentes e não como o astro solar. Só o Vitória Sport Clube tem massa crítica e adepta capaz de fazer mossa na hegemonia dos ditos “grandes”. Percebem, agora, qual é o objetivo do “futebol português”, ou melhor, dos “grandes”!? Não permitir que o nosso Vitória lhes faça sombra, roubando-lhes, de facto um lugar ao sol. Alerta consócios! Não contribuam para esta marosca. Eles querem rotula-nos do piorio, deteriorando a nossa paixão clubística e o nosso bairrismo, para reduzirem o Vitória a pequenez associativa e assim destruir a grandeza do nosso clube: nós, os seus adeptos e sócios (hoje muito para além de Guimarães). Jogadores, equipa técnica e diretores, não se deixem arrastar pela lama destes senhores. Guimarães, levanta-te! Vitorianos vimaranenses e não-vimaranenses, juntem-se, e façam ver ao “futebol português” que o Vitória merece ser respeitado e acarinhado por todos os que gostam deste magnífico jogo. Os que não desejam, nem querem aceitar, reconhecer que só o Vitória é o único clube de futebol em Portugal com expressão magna em massa associativa, paixão e história, capaz de competir com os “3 grandes”, perceberam que o ativo maior do nosso clube somos nós – a sua massa adepta. Difamá-la e rotulá-la de perigosos (racistas, violentos, fanáticos, etc.) é o seu maior objetivo, para que sejamos como aqueles outros que até podem ganhar títulos, mas que nunca serão como o Vitória Sport Clube. Que todos os adeptos de futebol possam apoiar os seus clubes, sem violência e com fervor, neste jogo tão democrático, que coloca ao lado um do outro o pobre e o rico, o sábio e o inculto, mas não sejamos ingénuos! O negócio futebol é hoje uma arena de lutas e interesses que vão muito além do futebol. Alerta, consócios.

 

Guimarães, 16 de Setembro de 2022

Pe. Doutor Francisco de Oliveira

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