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Associação VitóriaSempre lamenta “comportamento persecutório” da PSP

Entre lamentos de “armas apontadas a mulheres e crianças”, associação pede à direção para se reunir com Ministério de Administração Interna e plano de segurança para eventual jogo com Hajduk.

22 julho 2022 > 14:20

Para a Associação VitóriaSempre, o que se passou no intervalo do jogo entre Vitória e Puskás Akadémia, para a Liga Conferência Europa, num dos setores da bancada nascente inferior, foi “inadmissível”. E, para a associação de adeptos do Vitória, foi-o por culpa do contingente de agentes da PSP ali instalado.

“Na verdade, o que ontem ocorreu no estádio D. Afonso Henriques foi inadmissível, em nada honrando as forças da ordem de um estado que se diz de direito. Tal merecerá o nosso repúdio, a nossa indignação, mas, simultaneamente, redobrará as nossas forças na luta contra o tratamento persecutório que os adeptos do Vitória Sport Clube, têm merecido na sua própria casa”, lê-se.

A associação confessa “estupefação” pelo “modo estratégico” como “as forças da ordem se colocaram” na bancada, num desafio sem “adeptos adversários”, com “a colocação de um batalhão junto dos vitorianos”, que “soou a provocação e premeditação”, antes dos “receios” se confirmarem ao intervalo.

A PSP interveio na bancada, após um tubo de uma bandeira ter caído no relvado aquando dos festejos do segundo golo. Para a VitóriaSempre, a situação poderia ter sido “resolvida com bom senso e boas palavras”, em vez de se escalar para “um conflito” em que “uma parte apontou armas a mulheres e crianças”, podendo “desencadear uma tragédia”. “Houve um conflito em que uma parte bateu de modo indiscriminado, sem olhar a quem, com os bastões em riste. Um conflito em que o ódio contra quem enche a bancada esteve sempre presente”, lamenta a associação.

 

“Plano de segurança” para eventual jogo com Hajduk

O comunicado lamenta ainda que os “adeptos do Vitória sejam as cobaias”, para “não dizer sacos de pancadas das forças policiais”, enquanto noutros estádios se assiste a um “temor reverencial com que as mesmas forças da (des)ordem entram e atuam nos estádios de outros clubes, sempre com o receio de criar tumultos”. “Ao invés, o D. Afonso Henriques parece o parque de diversões de quem quer descarregar as suas frustrações diárias e mostrar serviço às chefias”, acrescenta o texto.

A Associação VitóriaSempre pede assim à direção liderada por António Miguel Cardoso que “não se cale” perante estas situações, pedindo reuniões com o Ministério da Administração Interna, e também um “plano de segurança” para a eventual receção ao Hajduk Split, a 11 de agosto, em caso de passagem à terceira pré-eliminatória.

“O próximo jogo europeu em Guimarães será, muito provavelmente, contra os croatas do Hajduk Split. Sendo certo que a claque croata é das mais violentas da Europa e que se farão acompanhar pelo grupo organizado do Benfica, No Name Boys, exortamos, desde já, à elaboração de um plano de segurança cuidado. Para que não exista uma tragédia, para que não existam vitorianos agredidos e ofendidos...ou pior, que votem a pagar os justos pelos pecadores”, conclui a nota.

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