Apresentação do novo treinador do Pevidém André Brito
O novo treinador do Pevidém quer equipa “personalizada”, a lutar pelos dois primeiros lugares da Série A do Campeonato de Portugal. Presidente enaltece “arrojo” e “inovação” do novo técnico.

“Meter o capacete, pegar na espada e ser cavaleiros”: essa foi a receita que André Brito deixou à sua equipa técnica depois de aceitar o Pevidém SC como novo desafio para a sua carreira. Aos 32 anos, o treinador que elevou o Dumiense da Pró-Nacional da Associação de Futebol de Braga à Série A do Campeonato de Portugal ambiciona superar fasquias mais elevadas nesse mesmo campeonato e, quem sabe, galopar com o seu plantel rumo ao campeonato que o Pevidém disputou em 2021/22, a Liga 3.
“Esta troca dá-se pela ambição que o Pevidém mostrou desde o primeiro momento em que falou comigo. Dentro deste campeonato muito competitivo, o Pevidém é uma equipa muito ambiciosa que veio da Liga 3 e que quer regressar”, reiterou esta quinta-feira, na sua apresentação à imprensa, realizada nas instalações do Campo de Jogos Albano Martins Coelho Lima, em São Jorge de Selho.
Ao aceitar trocar o nono classificado pelo quarto da Série A do Campeonato de Portugal, André Brito crê ter “condições para impor a ideia de jogo” que preconiza, através de uma “adaptação” mútua entre equipa técnica e jogadores. O seu propósito é o de apresentar “uma equipa personalizada”, sempre atrás dos três pontos, em casa ou fora de portas, que olhe para “os dois primeiros lugares da primeira fase”.
O principal objetivo a curto prazo, frisou ainda o treinador que passou pelo Desportivo de Ronfe, entre 2018/19 e 2020/21, é o “reunir as tropas para ir para a guerra já domingo”; por “guerra”, entende-se a deslocação ao reduto do Vianense, segundo classificado, com 17 pontos. André Brito quer dar um “tónico positivo” a um plantel “há seis jogos sem ganhar”.
“Num clube como o Pevidém, este contexto nunca é bom. Temos de ir atrás dos três pontos, percebendo que é uma semana difícil. Vamos defrontar o segundo classificado, uma equipa profissional com muita capacidade”, observou.
“O André põe as equipas a jogar um futebol muito atraente e eficaz”
O presidente do Pevidém, Rui Machado, vê em André Brito “as qualidades necessárias” para elevar o grupo a “uma performance adequada aos objetivos”, nos quais se pode incluir o regresso à Liga 3, embora sem “obsessão”. “O objetivo é chegar à Liga 3, mas não uma obsessão. Isso faz parte do próprio jogo. Se assim não fosse, não valia cá estarmos”, reconheceu.
O dirigente realçou até que a meta dos cavaleiros de São Jorge é a de “um dia disputar a final da Liga dos Campeões”, estabelecendo-se, a partir daí, objetivos “realistas”, num campeonato em que “os clubes se podem reforçar de forma drástica” de uma temporada para a outra.
Convencido de que a contratação de André Brito juntou o “útil ao muito agradável”, o responsável elogiou o “arrojo e a inovação” de um “jovem” treinador que tem “personalidade”, é “ambicioso” e “quer chegar mais alto”. “O André põe as equipas a jogar um futebol muito atraente e eficaz”, acrescentou.
Quanto à saída de Vasco Gonçalves e respetiva equipa técnica, Rui Machado reconheceu “uma falha no planeamento”, porque “nunca se espera uma mudança de rumo a meio da época”, e isentou o ex-treinador da responsabilidade pela decisão tomada, atribuindo-a a “um conjunto de fatores”.
“Vamos supor que isto é uma peça de teatro: se o encenador for muito bom e os atores fracos, a peça não será grande coisa. Vice-versa também. Mas também há o homem das vestimentas e o da luz. Há um sem número de coisas que faz com que o conjunto de todas as partes não esteja de acordo com os anseios e objetivos do clube”, comparou.
O presidente referiu ainda que “não está identificada qualquer necessidade” de reforço do Pevidém, apesar dos plantéis estarem “sempre abertos até 28 de fevereiro”.