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Após um mandato de “organização”, Xico quer crescer e olha para o feminino

Vice-presidente de Diogo Leite Ribeiro desde 2018, Mauro Fernandes candidata-se à liderança do clube de andebol para o projetar a nível de gestão e a nível desportivo, sobretudo as equipas femininas.

07 junho 2021 > 08:30

O Xico Andebol vai ter novos órgãos sociais a partir de 18 de junho, data da assembleia-geral extraordinária marcada para esse fim, e Mauro Fernandes é, pelo menos para já, o único candidato à presidência da direção no biénio 2021-22. Vice-presidente de Diogo Leite Ribeiro nos últimos três anos, o dirigente vê-se como “parte da reforma” levada a cabo no mandato prestes a terminar e tenciona, no próximo, “acrescentar algo de novo” ao emblema escolar.

Depois de medidas como a informatização do clube e a implementação de um plano de sustentabilidade ambiental, o candidato tenciona implementar “outros níveis de profissionalização” nas várias áreas e dar mais “robustez” a uma gestão que, em 2020, alcançou um resultado positivo de 20 mil euros e capitais próprios positivos, garantindo o controlo do passivo.

“Agora é preciso fazer crescer o clube e não tanto de o organizar", realça ao Tempo de Jogo. "Tivemos um primeiro mandato de organização e de estabilização. Agora, o objetivo é projetar o clube para outra dimensão, sobretudo do ponto de vista desportivo, mas também da gestão”.

Candidato à presidência da direção numa lista que propõe Octávio Santos para a presidência da Mesa da Assembleia-Geral e Eduardo Oliveira para a liderança do Conselho Fiscal, Mauro Fernandes assume haver “carências a resolver” a nível das equipas técnicas que compõem a equipa B masculina, terceira classificada na Zona 1 da 3.ª Divisão Nacional, e os vários escalões de formação. “Trabalhamos com recursos mínimos, por uma questão de gestão, mas agora é a altura de aumentar o corpo técnico, com vista a melhores resultados. No mínimo, precisamos de quatro técnicos: dois para o masculino e dois para o feminino”, explica.

 

Formar para a equipa sénior: uma ideia que (também) se quer feminina

Satisfeito com os “índices competitivos bastante elevados” da principal equipa masculina, segunda classificada da Zona 1 da 2.ª Divisão Nacional, o dirigente enaltece também o desempenho da equipa sénior feminina de andebol no clube: é quarta classificada na Zona 1 da 2.ª Divisão Nacional com um plantel “inexperiente”, em que “mais de metade das jogadoras” está em idade de formação.

O Xico Andebol arrancou com a prática feminina há dois anos e tem agora equipas em quatro escalões. Com um número de atletas que costuma oscilar entre os 200 e os 300, o clube tem 60 a 70 jogadoras e pretende alargar o filão feminino. A estratégia, diz Mauro Fernandes, passa por consolidar a “possibilidade” de as atletas da formação praticarem a modalidade com a equipa principal no horizonte, algo que já acontece entre os atletas masculinos. “Começámos com uma equipa há dois anos e hoje temos três equipas e quatro escalões. Vai crescer ainda mais, porque temos uma estratégia muito forte para o feminino”, promete.

Essa aposta no andebol feminino também se justifica pela limitação nas infraestruturas, que torna inviável uma expansão da vertente masculina. Com algumas equipas da formação espalhadas por outros pavilhões de Guimarães, como o do Inatel, o candidato descarta um crescimento sem a garantia de melhores condições de trabalho face às atuais. “Uma das ideias que quero fazer passar é que os atletas e os treinadores vão ter mais condições. A crescer só por crescer, não vou garantir essas condições de treino, com campo inteiro, balneário e condições dignas para a prática do andebol”, reitera.

 

 

Pensar o clube para 30 anos, articulando-o com as escolas

Os objetivos da candidatura não se esgotam nos resultados desportivos e na gestão. A lista encabeçada por Mauro Fernandes compromete-se, por exemplo, a “projetar” o funcionamento das infraestruturas do clube para os próximos 30 anos, através do candidato a diretor de projetos e infraestruturas, Jorge Araújo, arquiteto de profissão.

O aprofundamento das parcerias com as escolas é outra das metas para o biénio 2021-22, estando esse trabalho sob a alçada da candidata a diretora de relações institucionais, Marta Silva. A partir do “sistema de informação que faz o acompanhamento escolar dos atletas”, já em funcionamento, os escolares querem apostar nas “carreiras duais”, que conciliam os estudos e a prática desportiva. “Temos de estar próximos da escola e de conseguir perceber, a dado momento, quando é que o miúdo começa a quebrar nas notas ou a subir”, descreve o candidato.

Para Mauro Fernandes, o serviço de psicologia do Xico Andebol também vai ajudar a perceber quais os atletas que podem necessitar de “um apoio adicional a nível motivacional ou até profissional”, seja pela eventual quebra das notas, seja pela alteração do comportamento no treino.

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