Após quebra de quase 80% em 2020, há retoma tímida na Tempo Livre em 2021
O número de entradas nas piscinas caiu 77% em 2020, tendo-se verificado até agora uma retoma de 7% em 2021. Entradas na pista de atletismo também subiram entre maio de 2019 e de 2021.

A pandemia levou a uma queda abrupta da atividade da Tempo Livre, mas veem-se sinais de retoma no primeiro semestre deste ano, mostra um relatório elaborado pelo Centro de Estudos do Desporto de Guimarães, com informação recolhida entre 01 e 21 de junho.
Um desses exemplos respeita às piscinas a cargo da régie-cooperativa; os três equipamentos interiores – S. Tiago de Candoso, Brito e Moreira de Cónegos – tiveram menos 4.140 utentes em 2020, o que se traduziu numa descida de 77% face a 2019. Neste ano, porém, tem-se verificado uma subida na ordem dos 7% face a 2020. O número passou de 5.340 em 2019 para 1.200 em 2020 e para 1.489 em 2021.
A retoma mais acelerada verifica-se nas piscinas municipais do Parque da Cidade Desportiva, com uma subida de 15,2% rumo aos 1.209 utentes, após uma quebra superior a 80% em 2020. A oeste, em Brito, a subida ronda os 10%, dos 210 para os 280. Só em Moreira de Cónegos ainda não se verifica regresso de utentes, porque a piscina está fechada para obras; após ter recebido 245 cidadãos em 2020, ainda não recebeu nenhum neste ano.
Quanto às piscinas exteriores, parâmetro que ainda não pode ser avaliado neste ano, houve quebras superiores a 50% em 2020, quer em S. Tiago de Candoso, quer em Brito.
A pandemia também afetou o funcionamento da Pista de Atletismo Gémeos Castro: entre 2019 e 2020, o número de entradas individuais caiu 39%, de 10.152 para 6.178. Já as entradas em grupo diminuíram 62% no ano passado.
Mas esta infraestrutura desportiva apresenta uma retoma mais significativa em 2021: o mês de maio registou 1009 entradas individuais, um valor superior ao do mês homólogo de 2019 em 12% (895 entradas). A Tempo Livre só comparou esses meses, porque a pista estava encerrada em 2020 e porque, entre janeiro e abril de 2021, não era possível “retirar conclusões significativas”, face às “restrições impostas pela DGS que limitaram o acesso à pista de atletismo por atletas de alto rendimento”, lê-se no documento.
Quanto aos pavilhões a cargo da Tempo Livre, o Almor Vaz (habitualmente designado por Inatel) viu a taxa de ocupação em número de horas diminuir 26,3% entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020, antes de crescer 75% até maio de 2021. Já o pavilhão de aquecimento do Multiusos registou mesmo uma subida de 20,4% entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020.
Em comunicado enviado pela régie-cooperativa, o presidente da direção, Amadeu Portilha, refere que as quebras verificadas em 2020 evidenciam o “rasto de desânimo” que a pandemia deixou no desporto em geral e nas instalações desportivas em particular. Para o responsável, ”a comunicação errónea e contraditória em torno das consequências da pandemia e do processo de vacinação em curso” têm acentuado a “desconfiança e o receio” para com a prática desportiva.
Amadeu Portilha reforçou ainda a “inequívoca vontade da Tempo Livre de apostar forte neste novo segmento de promoção da atividade física regular para a população adulta e ativa, estando prevista a oferta de um serviço consistente a todo o tecido empresarial vimaranense, provavelmente já a partir de setembro próximo.