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"Alguém falou em golos?" Vitória volta a ser feliz em casa e marca quatro

Vitorianos não marcavam para o campeonato há mais de quatro horas. Ante o Vizela, os conquistadores voltaram a fazer a festa no estádio, nas bancadas - algo que não acontecia há muitos meses.

22 agosto 2021 > 22:20

Palmas, rugidos, movimentos bruscos, cânticos. Depois de meses e meses, jornadas e jornadas longe de “casa”, os vitorianos voltaram a ser felizes nas bancadas do Afonso Henriques. Mas foi preciso esperar até aos 70 minutos para a primeira celebração da época: André André cobrou uma grande penalidade, e o éter foi preenchido por milhares de gargantas que voltaram a festejar no estádio. Depois, foi só esperar: 1, 2, 3, 4. A seca de quatro horas sem golos foi terminada em 20 minutos: Òscar, Edwards e Sacko foram os autores dos outros três. Assim foram conquistados os primeiros três pontos da temporada, à 3.ª jornada, ante o Vizela: 4-0, resultado final.

Inspirar, expirar; inspirar, expirar. Os primeiros 30 minutos do Vitória SC-Vizela foram jogados a um ritmo vertiginoso. Mesmo sem grandes oportunidades claras de golo, os da casa e os forasteiros desdobraram-se em duelos e foram pressionantes. Mesmo assim, nota para um Vitória de Pepa a assumir o jogo e a tentar chegar ao último terço de forma eclética e diversificada: ou pela individualidade de Rochinha e Quaresma; ou por lances de entendimento coletivo. A atitude ofensiva de ambas as equipas não fez, no entanto, abanar as redes na primeira metade da partida.

André Almeida foi o primeiro a chegar a “vias de facto” e a dar trabalho ao guardião Charles. Num pontapé de meia distância, o jovem médio – que recentemente renovou contrato com os conquistadores – disparou tenso para estirada do brasileiro (27’). Já em cima do apito do árbitro Hugo Miguel para recolher aos balneários, Rafa Soares ameaçou de bola parada, mas o remate foi bloqueado pelo guarda-redes vizelense.

Pepa promoveu quatro alteração ao onze que defrontou o Estoril Praia: Mumin, Rochinha e Óscar Estupiñán foram titulares, bem como Tomás Händel, que fez o primeiro jogo a titular no campeonato pelo Vitória. A equipa que recolheu aos balneários foi a mesma que voltou para atacar o segundo período e tentar dar o primeiro triunfo ao Vitória no campeonato. Para isso, eram precisos golos – algo que os conquistadores ainda não tinham conseguido até este jogo.

 

André, o Profissional

Sem golos há quatro horas de jogo, a equipa de Pepa teve logo uma ocasião no início da segunda parte. Estupiñán recebeu a bola de costas para baliza e, já dentro de área, rodou e atirou, no entanto o remate do avançado colombiano foi defendido por Charles. Aos 56’, e contra a corrente do jogo, o Vizela gelou o Afonso Henriques. Via-se um filme semelhante ao da primeira jornada ante o Portimonense: mesmo com o Vitória por cima, os forasteiros aproveitavam eficazmente as chances que tinham. Samu converteu mesmo a dos vizelenses, mas após um período de suspense o golo acabou por ser anulado pelo VAR.

Embalados pela “segunda vida” e pelo apoio das bancadas, o Vitória partiu em busca da felicidade – e encontrou-a da marca dos 11 metros. André André pôs fim à seca de golos na conversão de uma grande penalidade cometida por Kofi sobre Marcus Edwards – entretanto lançado por Pepa. 70 minutos: 1-0. Cinco minutos depois, Òscar saltou mais alto do que toda a defesa vizelense e deu a melhor resposta a um cruzamento de Rafa Soares. O golo do colombiano não fecharia a contagem: Edwards, que agitou o jogo vindo do banco, ainda fez o gosto ao pé com um remate cruzado com o pé esquerdo (82’).

O Vitória encontrou mesmo a felicidade e que o diga Sacko: o maliano ainda foi a tempo de marcar o primeiro golo com o rei ao peito na conversão de um pénalti e fez a festa.

Os vimaranenses têm neste momento quatro pontos na tabela classificativa. Na próxima jornada há dérbi do Minho: os conquistadores deslocam-se a Braga no próximo. fim de semana.

Fotografia: © Hugo Marcelo/Tempo de Jogo

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