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A Volta a Portugal Feminina está de parabéns: cumpre o 1.º aniversário!

O ciclismo feminino está em movimento! Não há mais como resistir-lhe! Há quem dite que foi pelo poder legislativo, quem defenda a obrigatoriedade e aqueles que dizem que “se foi posto de moda”.

03 junho 2022 > 00:00

"Primeiro estranha-se, depois entranha-se”: um slogan que “continha níveis de toxicidade intoleráveis para o Estado Novo de Salazar”. Níveis só superados por “elas” terem uma Volta a Portugal que, ainda por cima, vai para a segunda edição! É o fim do mundo como o conhecíamos!

Cerca de cem anos separam aquele pessoano precursor, assim como foi preciso esperar homólogo cronológico para “vê-las a dar ao pedal”, com o respeito que o labor amador de quem ama merece.

O ciclismo feminino está em movimento! Não há mais como resistir-lhe! Há quem dite que foi pelo poder legislativo, quem defenda a obrigatoriedade e aqueles que dizem que “se foi posto de moda”.

Newton contorcer-se-á (se é que algo ainda resta para tal) e eu com ele! Como é possível tal inércia, tamanha resistência à mudança do estado de movimento?

O facto é que a segunda edição da Volta a Portugal Feminina Cofidis vai realizar-se entre 16 e 19 de junho e o percurso já está definido. A VP totalizará 273,4 quilómetros distribuídos pelo prólogo e pelas três etapas em linha.

Pelas literadas mãos autorais, Portugal aos pés de cinco comunidades intermunicipais: Área Metropolitana de Lisboa e as comunidades intermunicipais do Oeste, Médio Tejo, Região de Leiria e Região de Aveiro. Na verdade, trata-se da inclusão ou contiguidade semântica existente entre dois nomes e que permite a substituição de um pelo outro. Na literatura, abundam sinédoques com fins estéticos de provocar o inusitado nas expressões escolhidas. Na Volta a Portugal Feminina, estética metonímia ou perífrase, surpreenda-se (ou não), exprime-se uma parte por um todo e “A VOLTA A PORTUGAL FEMININA” espalhará charmosa potente adrenalina por aqueles cinco munícipes.

One way or another, os Média estão atentos. Desde os canais televisivos generalistas, à imprensa especializada, passando pela própria Federação Portuguesa de Ciclismo até às redes sociais, o acontecimento está a ser divulgado para que todas as portuguesas e todos os portugueses saibam que o ciclismo feminino lhes vai passar à porta – bem, à porta daqueles, mas que lhes entrará pelas portas de casa, do carro e dos mais diversos engenhos tecnológicos!

Dia 16 de junho, em Loures, encontre uma caravana diversa a agitar a área pois o aquecimento para o prólogo de 2,9 quilómetros, às 16h00, começa umas horitas antes. “Trata-se de um contrarrelógio individual, que ajudará a marcar as primeiras diferenças, mas que, por ter uma distância curta, manterá tudo em aberto na luta pela classificação”. So she said... E Newton também, porque aplicar-se-á, sobre duas rodas, o princípio fundamental da dinâmica que aborda a definição de força resultante e a sua relação com a aceleração! Elas vão acelerar! Nós vamos acelerar...

Está em movimento a VPF 22!

A primeira etapa em linha, no dia 17, surgirá num piscar de olhos! Entre o terminar da corrida, soltar pernas nos rolos, fazer a nutrição de recuperação, higiene, deslocação para “o quartel general”, massagens, jantar, briefing, dormir, despertar para pequeno-grande almoço, viagem para Vila Franca de Xira, preparativos e aquecimento, as 12h30 da partida chegarão num ápice! Seguem-se 87,6 quilómetros até que o pelotão cruze a linha de meta colocada em a Torres Vedras, junto à icónica estátua que homenageia Joaquim Agostinho, pelas 15h00.

Não há dormência de etapa para etapa e a luta contra o tempo também se faz fora de corrida. Louvado seja o staff! Praticado o espírito de equipa! E não nos falte a sorte! 🙏

“Num percurso com nível de exigência crescente de etapa para etapa” anuncia-se a terceira jornada competitiva, no sábado, 18 de junho, com saída de Monte Redondo, Leiria, às 12h45. “O itinerário terá 78,1 quilómetros que incluem o prémio de montanha de segunda categoria, no alto do Reguengo, a 22,5 quilómetros da chegada, que acontecerá por volta das 15h00, em Ourém”.

Grafado e lido até parece fácil! Não é, mas auxilia o trabalho de preparação das atletas. A visualização dos exercícios que nos esperam, o trabalho mental de preparação, complementa as centenas de dias, os milhares de horas e de quilómetros cumpridos em treino na bicicleta – em treino e nas provas da já concluída Taça de Portgual Feminina Jogos Santa Casa.

A etapa-rainha, com 104,7 quilómetros, será a terceira e última, no dia 19 de junho. As corredoras partem de Aveiro, às 12h15, para terminarem em Anadia, cerca das 15h15. O espetáculo, sempre gratuito e sem bilhete, como é apanágio do Ciclismo Luso, está montado num circuito de dupla passagem. A exigência deste verá aplicada a terceira lei de Newton, a da ação e reação que descreve os pares de forças que surgem da interação entre corpos: marcar-se-ão as determinantes diferenças no apuramento da sucessora de Raquel Queirós, vencedora da primeira edição da Volta a Portugal Feminina Cofidis, em setembro de 2021.

Das atletas de 17 equipas nacionais e internacionais, em quem está a apostar?

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