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À espera de janeiro com “naturalidade”, Pepa quer competência nos Açores

Sem receios do “mercado” que se aproxima, quando o Vitória projeta 10 milhões de receitas em transferências, o técnico diz que a classificação do Santa Clara engana e pede “foco” na sexta-feira.

16 dezembro 2021 > 10:30

O “plano estratégico” que contempla vendas de ativos a rondar os 10 milhões de euros no próximo mercado de transferências foi aprovado esta quarta-feira, em assembleia-geral de acionistas da SAD do Vitória, mas nada do que possa acontecer no próximo mês assusta Pepa.

O timoneiro encara janeiro com “naturalidade”; lembra que “o mercado é para todos”, ainda para mais num campeonato como o português, habituado a potenciar jogadores e a obter receitas em transferências. “O futebol português é fortíssimo no potenciar de jogadores e em capitalizar esses mesmos ativos. Para nós, é um motivo de orgulho quando estão bem e são falados. Vemos isso com naturalidade. Os jogadores estão bem, a dar nas ‘vistas’ e podem assim ajudar o clube”, frisou nesta manhã de quinta-feira.

E a verdade é que, até agora, “não aconteceu nada”, reiterou. Por isso, o treinador prefere encarar “uma coisa de cada vez”, a começar pelo Santa Clara, o adversário desta sexta-feira, na abertura da jornada 15 da Liga Bwin. A hipótese da terceira vitória consecutiva é, claro, uma “motivação”, mas a equipa tem de esquecer os jogos com Paços de Ferreira e Tondela, apresentando um “foco total” no próximo jogo. Só com essa predisposição, pode superar a “humidade e a relva” do Estádio de São Miguel e as “dificuldades” impostas pela equipa açoriana, 16.ª classificada, com 10 pontos.

“A equipa não tem nada a ver coma classificação que ocupa, pela qualidade individual que tem. Temos de ser competentes para conseguirmos os três pontos. Temos de estar ao nosso melhor nível”, vincou, a propósito do jogo marcado para as 18h00 de Ponta Delgada (19h00 de Lisboa).

Esse “melhor nível” implica uma equipa preparada para as duas eventuais propostas de jogo do Santa Clara: a do treinador Nuno Campos, cuja saída foi oficializada nesta quarta-feira, ou a da época passada, que valeu a sexta posição na classificação final, sob o comando de Daniel Ramos.

“Há muitas formas de chegar ao sucesso, desde que os jogadores acreditem no processo. Podem manter o que tinham em termos de sistema de jogo e de dinâmica ou voltar ao passado recente, que tantos pontos lhes deu. Temos de estar preparados para essas duas situações. Temos de potenciar o que temos de muito bom e de minimizar algumas situações menos boas”, vincou.

Essas “situações menos boas” têm a ver com a entrada a perder nos dois últimos jogos, fruto de problemas na transição defensiva e da ineficácia ofensiva. Por outro lado, as reviravoltas demonstram a “resiliência do grupo”.

“Temos entrado fortíssimos, com oportunidades de golo, e na primeira vez que o adversário vai à nossa baliza temos sido castigados. Temos de ser melhores na transição defensiva e mais competentes em frente à baliza. Mas se não tivéssemos volume ofensivo é que era preocupante”, observou.

 

“Não poderíamos estar à espera de terceiros”

O Vitória caiu na Taça da Liga, após o triunfo do Benfica sobre o Sporting da Covilhã por 3-0, que permitiu às ‘águias’ igualarem os quatro pontos dos vitorianos e vencerem o Grupo A através da diferença de golos, assegurando assim a ‘final four’ de janeiro, em Leiria, Pepa admitiu que a equipa não poderia “estar à espera de terceiros” para se apurar.

“Saímos dessa competição com um percurso de três vitórias e um empate, com 10 golos marcados. Fizemos de tudo para chegar à ‘final four’. Com o Benfica, sabíamos que não poderíamos estar à espera de terceiros. Dou os parabéns a quem ficou em primeiro, por um golo”, disse.

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